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Apesar de retração nas vendas no varejo ampliado, Acre segue tendências mais favoráveis

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a previsão de retração no volume das vendas no varejo ampliado, em 2020, foi revisada de 5,7% para 4,2%. De acordo com o consultor da presidência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Egídio Garó, no Acre, a condição seria um pouco mais favorável, vez que o volume de vendas restrito no Estado foi de 26,1%, uma alta de 15,6% caso se compare o mês de agosto com julho.  As estimativas da CNC teriam como base os novos dados positivos da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de agosto, divulgada na última quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de retração nas vendas no varejo ampliado, Acre segue tendências mais favoráveis
Estimativas da CNC teriam como base os novos dados positivos da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de agosto, divulgada na última quinta-feira, 8, pelo IBGE (Foto: Ascom Sistema Fecomércio/AC)

Garó relembrou também que, apesar dos resultados acreanos, o volume de vendas apresentou ainda um resultado negativo de 0,9% no acumulado de janeiro a agosto, e 5,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Esta pequena recuperação no mês de agosto, no entanto, acenaria para uma retomada menos traumática para o comércio varejista.

“O varejo ampliado, que leva em consideração materiais de construção e veículos, também apresenta uma evolução de 20,7% durante o mês. Se comparado ao mês de julho, o crescimento do volume de vendas foi de 12,6%. Tal qual os indicadores do varejo restrito, no acumulado de janeiro a agosto a queda foi de 3% e 0,6% nos últimos 12 meses”, explicou o consultor.

Egídio reiterou ainda que os indicadores da receita nominal de vendas no mês de agosto também apresentam recuperação de 24,9%. “Comparando com o mês de julho, o saldo foi positivo em 14,3%, mostrando que no acumulado de janeiro a agosto deste ano, a elevação foi de 1,5% e, nos últimos 12 meses, de 3,5%. A receita nominal de vendas ampliada também apresentou resultados positivos ao longo dos últimos 12 meses de 1,5%, contudo, de janeiro a agosto deste ano o resultado indica uma retração de 0,8%. Mas a perspectiva é boa haja vista o indicador apresentar uma recuperação de 21,4% no mês de agosto e, de 12,7% se comparado ao mês de julho”, finalizou.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, apontou a menor adesão espontânea ao isolamento social – que levou a uma maior circulação de consumidores no comércio –, a intensificação de ações de vendas via e-commerce e os programas adotados pelo governo como os principais fatores que explicam o comportamento positivo das vendas pelo quarto mês consecutivo. “O auxílio emergencial, principalmente, tem ajudado na recomposição dos rendimentos dos brasileiros, viabilizando a recuperação da capacidade de consumo da população, ainda influenciada pelo grave quadro do mercado de trabalho no País”, destacou Tadros, alertando que a tendência é que, no decorrer de 2020, as taxas mensais de crescimento sejam menores do que as registradas recentemente.

De acordo com a PMC, o volume de vendas no varejo ampliado aumentou 4,6%, em relação a julho, e 3,9%, na comparação com agosto do ano passado – o maior crescimento desde dezembro de 2019 (+4,1%). No conceito restrito, também houve avanços: +3,4%, no comparativo mensal, e +6,1%, no anual – a taxa mais elevada desde março de 2018 (+8%). Com os resultados positivos de agosto, o setor alcançou o nível mais alto da série histórica da pesquisa, superando em 8,5% a média do primeiro bimestre deste ano.

Os destaques entre os ramos de atividade foram as lojas de vestuário, calçados e acessórios (+30,5%) e artigos de uso pessoal e doméstico (+10,4%). Entretanto, mesmo diante destas altas, o segmento de vestuário ainda apresenta volume mensal de vendas 8,8% abaixo do período pré-pandemia. Livrarias e papelarias (-41,5%), comércio automotivo (-12,7%) e combustíveis e lubrificantes (-9,0%) também ainda não se recuperaram. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)

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