O Sebrae está preocupado com a situação dos mais de 5,2 milhões de microempreendedores individuais (MEI), que receberam os recursos do auxílio emergencial ao longo dos últimos meses, e que deixarão de contar com esse apoio a partir de janeiro de 2021. A instituição alerta que esse programa foi fundamental para assegurar que uma parcela significativa da população pudesse atravessar a crise provocada pela pandemia do coronavírus. Nesse sentido, a instituição defende um debate junto ao Congresso Nacional e ao governo federal para que a medida seja estendida, pelo menos até que os efeitos da pandemia deixem de existir, ou que estejam bastante minimizados.
“Estamos trabalhando muito para que os microempreendedores individuais, as micro e as pequenas empresas consigam retomar à normalidade da melhor forma possível, mas sabemos que a economia brasileira não vai se recuperar do impacto da pandemia em um prazo tão curto”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
De acordo com o presidente do Sebrae, o fim do auxílio emergencial não atingirá apenas os 5,2 milhões de MEI e suas famílias, mas vai atingir também a própria economia. “Os recursos injetados pelo governo, por meio do auxílio, ajudaram a reduzir os prejuízos causados pela crise e a manter a nossa economia em movimento. Com certeza, os danos seriam ainda maiores se não tivéssemos adotado esse programa. O auxílio emergencial criou uma espécie de colchão de liquidez que ajuda as micro e pequenas empresas a superarem a crise devido ao dinheiro que passa a girar na economia”, analisa Melles. O programa prevê a transferência de R$ 278 bilhões para um universo de R$ 66,2 milhões de beneficiários. Desse total, cerca de R$ 21,8 bilhões estão sendo destinados especificamente para os microempreendedores individuais. (Assessoria Sebrae)