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IMPORTÂNCIA DA ACADEMIA ACREANA DE LETRAS NOS SEUS 83 ANOS

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
25/11/2020 - 15:03
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A importância da Academia Acreana de Letras flui do liame profundo que existe entre este Sodalício e a cultura regional. Aqui, no Acre, seu valor salta aos olhos mais atentos de quem olha a cultura como um motor que traduz a vida em sociedade. Isso porque Cultura significa cultivar, do latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano.

E, nesse contexto, aqui no Acre, nos seus 83 anos de fundação, agora em 17 de novembro, a Academia Acreana de Letras é a maior referência no mundo cultural do Estado, uma vez que seus membros, chamados “imortais”, traduzem o lastro cultural da população regional. Sendo assim, essa Academia tem o condão de desabrochar aspirações e de estimular o desenvolvimento da literatura, além de premiar os méritos dos seus mais destacados cultores das letras. É a Casa que resiste às intempéries do tempo pela força, determinação e nobreza dos acadêmicos.

Então, falar em Academia é pensar em livros, penetrar na noite dos tempos para encontrar auroras boreais. E, com esta intenção, tateando no escuro desconhecido, a pouco e pouco, se descobrem os indícios primeiros da arte de pensar. O fluir da vida vai acumulando experiência e sabedoria no delta da maturidade, que passa a ser um bem comum usufruído por todas as gerações e idades, constituindo-se, desse modo, em patrimônio da própria sociedade.

Na Academia Acreana de Letras, cada geração deixa um legado. Processo vagaroso, lento, a exigir tempo para tomar corpo e se mostrar. Assemelha-se à formação do universo que, em movimento rotatório, vai condensando energia, gás e luz, até assumir a fosforescência das galáxias, em expansão contínua, onde brilha a centelha da criação.

Igualmente, assim, também o conhecimento se adensa e habita nós humanos. Como a poeira cósmica reúne as partículas, aglutina saberes, faz sóis, academias e claridades. Todo o conhecimento humano existente foi coletado e ajuntado, pela primeira vez, na Biblioteca de Alexandria, 300 A. C., para a investigação sistemática e o estudo dirigido. Durante 700 anos concentrou, produziu, gerou e difundiu o brilho das mentes mais privilegiadas. Foi a primeira instituição de pesquisa verdadeira da História. Uma comunidade de eruditos explorando a literatura, a história, a filosofia, a geografia, a medicina, a física, a engenharia, a astronomia, verdadeiro nascedouro das ciências. A Biblioteca de Alexandria pesquisou todas as culturas e línguas do mundo antigo.

Sabemos que o conhecimento se adensa e habita os humanos, aglutina saberes, faz sóis, academias e claridades. Um clarão aqui, outro mais adiante, foram cerzindo em tela desigual as civilizações. Tanto mais permanentes, quanto mais cultas e numerosas são suas elites intelectuais.

As Academias de Letras, que reúnem filólogos, gramáticos, poetas, romancistas, ensaístas, filósofos, hiatoriadores e sociólogos, são feitas de cada um destes momentos da História, ajuntados pelos catadores da poeira luminosa da sensibilidade humana. As Academias devem espelhar a alma, retratar o espírito, expressar a gênese e as potencialidades de um povo. Guardiãs zelosas da língua, o maior patrimônio nacional, as Academias de Letras corrigem desvios, depuram o idioma e preservam a sua integridade expressional. Nada distingue mais um povo do outro que sua literatura. Cabe às Academias resguardar as fontes puras de onde brotam o sentir e o externar das gentes, trabalhá-las e difundi-las para criar a literatura própria, inapartável de um país enquanto nação. São nas Academias que se organizam as trilhas literárias de uma região, de um estado, de um país, como estamos a fazer agora. Nós somos os herdeiros do esplendor do conhecimento humano

A Diretoria da AAL, nesta semana de aniversário de 83 anos de fundação, deseja, sempre, respeitar a diversidade cultural do Estado, ressaltar sua grandeza e valor, reverenciar e valorizar cada talento, incentivar e produção cultural no Acre.  Não queremos redoma de vidro, nem tapetes para adornar vaidades. Desejamos ter um teto para guardar nossa nobilíssima história de 83 anos.

E dentro dessa vigilância, própria das academias, percebemos, com preocupação, o colonialismo e o neo-colonialismo cultural que tem avançado, esmagando muito do que é nativo.. Há quem procure desacreditar, descaracterizar, desmoralizar a nossa cultura, para depois substituir os nossos valores próprios por outros alheios. Como corolário e consequência do um vasto e bem urdido plano de globalização, as Academias são guardiãs da tradição, dos costumes, da identidade cultural da população. Sabemos não bastar a conquista da economia de um povo, antes é necessário conquistar suas mentes, fazendo-as laboriosas, criadoras e sábias.

Não nos esqueçamos das frases de efeito, dos então chamados “slogans” das décadas de 50 e 60: “a marcha do mundo para o socialismo é inexorável”. Quem não aceitava estava na contra-mão da História e ficava marginalizado. E deu no que deu. “Historia magistra vitae est”. A História é a mestra da vida. Aprendi essa lição no colégio que abrigou minha infância.

Daí se depreende a importância das Academias, que aglutinam os espíritos mais lúcidos e devotados à preservação da cultura Acreana. Pois estes mesmos poetas, escritores, músicos, pensadores e sociólogos pertencem às nossas Academias, interagem e promovem a renovação.

Somos hoje muito mais fortes e influentes nos destinos culturais do Acre. O tempo das igrejinhas literárias e das intrigas paroquiais ficou para trás. Será suficiente perseverar a nossa política cultural e colher os resultados no futuro. Para melhores resultados, a Academia Acreana de Letras, ao completar 83 anos de fundação, deverá ter sua sede, ser bem aparelhada para cumprir a sua verdadeira e nobilíssima missão e manter íntegra a identidade cultural acreano. Porque, como já dizia Gilberto Freyre (1933), “ciência é literatura”

 

LIÇÕES DE GRAMÁTICA

ALUGAM-SE CASAS ou ALUGA-SE CASAS?

 – Alugam-se casas. O verbo concorda, sempre, com o sujeito. Igualmente diz-se: Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados./Publicam-se livros.

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COMPROU UM GRAMA DE OURO ou COMPROU UMA GRAMA DE OURO?

– Comprou um grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, a grama = capim etc.

—————-

Luísa Galvão Lessa Karlberg, IWA – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da Academia Acreana de Letras; Pesquisadora Sênior da CAPES.

 

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