Aproximadamente 50% dos rio-branquenses não asseguram sobras de dinheiro ao final de cada mês. A constatação é do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, por meio de pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac) entre os últimos dias 25 e 28 de outubro. Ao menos 46 entrevistas foram realizadas de maneira remota, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Segundo o estudo, 6,5% não se manifestam a respeito e, 43,4%, sinalizam positivamente quanto a sobras e condições para poupança. Além disso, das dívidas da população, 85% têm pagamentos agendados para os próximos seis meses. Dessa população endividada, 30% compromete aproximadamente 30% da renda/mês; outros 26%, em torno de 50%. Desta forma, 56% da população de Rio Branco têm dívidas que comprometem entre 30 a 50% da respectiva renda mensal.
Neste estudo se observa ainda 22% da população, que têm 70% da renda/mês comprometida para pagamentos de dívidas; e 22%, mais de 80%. Quanto ao nível de comprometimento da renda da população, no mês passado em relação ao mês atual, 48% informa ter sido maior no mês passado frente ao atual, ao tempo em que 41% afirmam ao contrário. Outra parcela de 11%, diz não saber.
Além disso, para 68% da população de Rio Branco, o pagamento das dívidas não influencia negativamente sobre as condições financeiras exigidas para o mantimento alimentar doméstico. Já para outros 30%, a situação representa preocupação.
Por fim, o estudo afirma que, para 57% da população entrevistada, o prazo médio para o pagamento de dívidas pendentes é de até 30 dias. Para outra parcela de 15%, a necessidade é de um prazo entre 31 a 45 dias. Acima de 46 dias é o tempo solicitado por mais 28% da população.
O cartão de crédito se apresenta como o principal compromisso financeiro para 48% da população de Rio Branco. Juntados ao cartão de crédito, são considerados o aluguel (6,5%), carnê (8,7%), crédito consignado (8,7%), e mais 28% que esboçam preocupação com cheque especial, cheque pré-datado, empréstimos, e outras obrigações com bancos. (Ascom Fecomércio/AC)