Aos poucos, as aulas começam a ser retomadas em diversos locais do Brasil. No entanto, o momento é cercado de incertezas sobre protocolos, datas, exigências e, principalmente, pelas dúvidas dos pais sobre enviar ou não os filhos de volta ao ambiente escolar. Novas taxas de crescimento de casos em várias regiões do país nas últimas semanas, por exemplo, estão fazendo com que muitas escolas públicas e particulares repensem essa volta e seus protocolos.
Essas incertezas foram tema de uma pesquisa realizada pelo C.Lab, o laboratório de pesquisas inhouse da Nestlé, com 500 famílias brasileiras, que mapeou os principais anseios de pais nesse momento e o quanto eles estão dispostos a permitir a volta dos filhos à escola. Além disso, foi investigado o impacto da pandemia e do retorno às aulas na alimentação das crianças.
Os dados mostram que, apesar de 74% acreditarem que o aprendizado escolar foi a maior vivência perdida e 51% afirmarem que os filhos tiveram dificuldades para se adaptar às aulas online, apenas 2 em cada 10 famílias pretendem liberar os filhos para retornarem à escola ainda em 2020. Apenas 10% das crianças já retornaram às aulas presenciais, ainda que parcialmente. Além disso, 68% afirmam que os filhos devem voltar a frequentar a escola apenas quando sair a vacina. E, para 55% deles, a pandemia limitou as experiências dos filhos.
Neste período, a alimentação das crianças também foi uma preocupação recorrente dos pais e muitos pretendem que os hábitos adquiridos durante o período em casa continuem no período da escola, já que 30% disseram ter construído hábitos mais saudáveis com mais comida caseira, sendo que 31% priorizaram alimentos mais nutritivos e fortificados para melhorar a imunidade e 28% cozinharam junto com os filhos. Diante disso, 54% pretendem fazer mudanças na lancheira, com aumento do envio de água, frutas e iogurte, por exemplo.
A pesquisa foi realizada no final de setembro de 2020, com 500 entrevistas com pais de filhos de 5 a 12 anos das classes ABC. A participação de acordo com a região foi: 41% Sudeste, 22% Nordeste, 20% Sul, 10% Centro-Oeste e 6% Norte. (FBS Comunicação / Assessoria)