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Sem queima de fogos, Réveillon da Base em Rio Branco vai ter balões brancos em homenagem às vítimas da Covid-19

Sem a tradicional queima de fogos, o réveillon do Bairro da Base, em Rio Branco, neste ano vai contar apenas com dois momentos importantes: uma oração e mais mil balões brancos que vão ser soltos à meia-noite para lembrar das vítimas da Covid-19.

A queima de fogos que sempre era acompanhada de apresentações com bandas locais e costuma reunir milhares de pessoas foi cancelada, segundo informou o organizador do evento, Jamildi Darub, mais conhecido como Ted Fogueteiro.

Rio Branco registrou, até a terça-feira, 29, 18.726 casos de Covid-19, e 500 pessoas morreram vítimas da doença, segundo dados do boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).

Devido à pandemia, a prefeitura também cancelou a queima de fogos na Gameleira, no Segundo Distrito. Além disso, uma resolução assinada pelo Coordenador do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, secretário de Saúde, Alysson Bestene, o governo do Acre proibiu a realização de festas durante o Natal e o Ano novo.

“Entes queridos nossos foram embora. Antes de ontem [no domingo, 27] foi um amigo nosso, Tita Moraes, que faleceu dessa doença. Então, vamos ter um minuto de silêncio e os balões vão ser soltos à meia-noite”, disse.

Ted afirmou que não sabe estimar a quantidade de pessoas que devem comparecer no local. Ele disse que o um trecho da rua vai ser fechado e quem for deve manter o distanciamento social e obedecer as demais regras sanitárias, como o uso de máscara.

“Vamos fazer a oração, tudo longe. E quem quiser vir e apreciar a vista do rio, tomando seu guaraná, pode ir. Neste ano não tem show, só a oração forte pelos nossos entes queridos”, acrescentou.

Para soltar os balões, Ted disse que contou com o apoio de parceiros que fizeram as doações dos balões, também contrataram um baloeiro para encher os balões. Em 2016, a festa da virada na Base já tinha soltado balões. Na época, foram 100 unidades, o pedido era por um 2017 cheio de paz para os acreanos e se despedir de um ano marcado por ataques, onda de homicídios e rebeliões em presídios.

“Não tem clima. Muitos entes queridos nossos foram embora. Vamos soltar fogos para comemorar o quê? Não tem o que comemorar. Se Deus quiser, no ano que vem, vai ter vacina e melhorar tudo, para todos nós vivermos bem”, concluiu. (Alcinete Gadelha / Do G1 AC)

Fabiano Azevedo: