Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 14, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o recuo no volume de receitas dos serviços turísticos em 2020 foi de 7,6% para 8%, se tornando o pior resultado anual da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Para o coordenador de Turismo do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, João Bosco Nunes, a pesquisa, embora assustadora, é verdadeira e refletiria o ano de 2020, marcado pelo caos pandêmico que atingiu a economia mundial.
De acordo com as expectativas da CNC, os serviços devem voltar a crescer 3,7% em 2021. Além disso, segundo a PMS, o volume de receitas dos serviços cresceu 2,6%, em relação a outubro, já descontados os efeitos sazonais. Foi o sexto avanço consecutivo do setor, após acumular retração de quase 20% entre março e maio. Na comparação com novembro de 2019, houve variação negativa (-8,3%) pelo nono mês consecutivo.
Nunes afirmou que o turismo foi o setor mais atingido com a pandemia do novo coronavírus. “Temos exemplos como desemprego muito forte, com empresas – desde microempreendedores individuais a grandes corporações – fechando. As que não fecharam demitiram muitos colaboradores, tudo na tentativa de se adequarem à nova tendência mercadológica”, explicou.
O coordenador citou ainda que a retomada do setor deve ser realizada com todos os protocolos de biossegurança exigidos pelo Ministério do Turismo. “Essa retomada deve ser feita de maneira cautelosa, e teremos de enfrentar 2021 com novos produtos e serviços. Aí que Acre se encaixa, já que dispomos de dois polos turísticos, o do Vale do Acre e o do Vale do Juruá, que oferecem aos visitantes que aqui chegam toda a estrutura, enfatizando ainda as empresas e associações cadastradas no próprio Ministério [do Turismo] e que seguem as prerrogativas do selo do turismo”, finalizou. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)