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Para presidente do Sistema Fecomércio/AC, ano de 2020 obteve saldo satisfatório diante do cenário de pandemia

Presidente concedeu entrevista à Rede Amazônica e avaliou o atual momento econômico

“O ano de 2020 foi difícil para o comércio varejista, mas, felizmente, houve uma intervenção oportuna do Governo Federal que ajudou as empresas e pessoas físicas”. Esta foi a avaliação do presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Leandro Domingos, em entrevista ao vivo realizada pela Rede Amazônica na tarde desta quinta-feira, 4. Na ocasião, Domingos comentou sobre a expectativa para o ano de 2021 e, também, sobre o decreto responsável por fechar o comércio acreano, em vigor desde a última segunda-feira, 1.

Domingos afirmou acreditar que os programas sociais que visavam a distribuição de recursos à população foram essenciais para que o comércio, e consequentemente, a economia local, não sofressem uma queda tão brutal. Além disso, enfatizou que a classe fechou o ano passado com resultado otimista em face da crise, mas reiterou que a categoria não imaginava uma volta tão expressiva dos casos de Covid-19.

“Sabemos que, desde 2015, vivemos uma profunda crise em nossa economia; em 2019, pensávamos que haveria uma retomada, mas em 2020 tivemos de enfrentar este problema na saúde pública. Isto deixou as empresas abatidas, de modo que a situação só não foi mais grave por causa dos programas do governo, como as linhas de crédito de financiamento, o programa de suspensão do contrato de trabalho”, disse Leandro.

O presidente afirmou, ainda, que não se pode dizer que, no aspecto econômico e financeiro, o ano de 2020 foi catastrófico. “Tivemos alguns bons resultados, como o saldo positivo de empregos aqui em Rio Branco; porém, o nível de endividamento das famílias cresceu, o que gerou uma inadimplência fora da curva”, explicou, acrescentando que isso não diminuiu as perdas na área da saúde. “Mas, de um modo geral, o resultado foi um tanto satisfatório”, reiterou.

Domingos enfatizou que o grande desafio de 2021 diz respeito à superação do que classificou como “sequelas de 2020”. “Neste ano, as empresas terão de pagar os financiamentos que fizeram junto aos bancos, além do pagamento de alguns impostos que foram suspensos em 2020. Diante desta crise, os governos [federal, estadual e municipal] terão de rever a política de apoio às empresas para que elas não sofram maiores consequências”. O presidente disse ainda que a categoria estava otimista. “Mas não esperávamos que o corona fosse eclodir com tanta força. Nossa esperança era uma vacina”.

Avaliação do momento

Domingos enfatizou que, embora o Estado tenha verificado uma elevação no número de internações, não crê que o Acre viva, nesse momento, uma situação gravíssima. “Esta medida do governo [ de fechar o comércio desde a segunda-feira, 1] é mais preventiva, vez que o número de mortos não cresceu, como o número de internações”, explicou.

Leandro disse acreditar que não se pode responsabilizar as empresas num momento assim. “O Governo do Estado precisa ampliar a rede de atendimento porque fechar as empresas não vai resolver o problema; ao longo desta pandemia, temos verificado que todos os estados que fecharam o comércio, de um modo geral, não obtiveram resultados satisfatórios. As mazelas são maiores que os benefícios, e o governo não pode continuar com a mesma estrutura que tem hoje: tem que aumentar o número de leitos, de UTIs, de profissionais de saúde; não consideramos oportuno fechar o comércio”, explicou, afirmando ainda que o setor produtivo já havia feito propostas para que as atividades fossem paralisadas apenas aos finais de semana. “Abertos apenas os serviços essenciais”, finalizou. (Assessoria)

FOTO: REPRODUÇÃO/TV ACRE

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