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ARTIGO – Brasil precisa receber médicos brasileiros formados na Bolívia

Fabiano Azevedo por Luísa Galvão Lessa Karlberg (*)
21/04/2021
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O Brasil tem metade dos médicos que precisa para suprir o sistema de saúde. São médicos formados no exterior, isso porque o ingresso de estudantes nos Cursos de Medicina, no país, requer alta soma em dinheiro. Para uma população de duzentos e vinte milhões de habitantes, o país possui, apenas, 180 faculdades de medicina. E muitas delas são particulares, com mensalidades altíssimas, que não alcançam o bolso de famílias da classe média e classe pobre. Manter um filho mesmo em Universidade Federal é difícil, os livros custam muito dinheiro. Essa realidade precisa mudar. É uma questão urgente, urgentíssima!

A população necessita de médicos. A cada ano essa carência tende a aumentar. A falta de médicos do Brasil é um problema crônico que atinge principalmente áreas carentes como o Norte e do Nordeste do País, e que parece longe de ser solucionado. O IBGE estima um crescimento populacional muito grande. Igualmente aponta o envelhecimento da população e, dessa forma, são necessários muitos médicos para atender os idosos, assim como políticas direcionadas para esse fim, a exemplo do que fazem muitos países da Europa.

No mundo de hoje, o mais importante é oferecer qualidade de vida à população, e isso começa com um bom sistema de saúde. Por isso mesmo muitos países recebem médicos estrangeiros, no intuito de bem atender bem a população. O Brasil podia seguir o exemplo. Na Inglaterra, 37% dos médicos se formaram no Exterior. No Canadá, esse número chega a 22% e, na Austrália, a 17%. No Brasil, o índice atual é de 1,79%. Se considerarmos somente os países em processo de desenvolvimento e subdesenvolvidos, a média nacional de 1,8 médico por mil habitantes já é considerada uma média baixa. A Argentina registra 3,2, o México 2 e a Venezuela, com todas suas mazelas, 1,9. Se a comparação é feita com países desenvolvidos, a nossa média cai vertiginosamente. A Alemanha, por exemplo, possui 3,6 médicos por mil habitantes.

Esses dados apontam que o Brasil possui metade dos médicos que uma nação civilizada necessita. Ademais, o país se dá ao luxo de não receber médicos formados em países viznhos, ou mesmo em países do chamado ‘primeiro mundo’. Considera-se esse fato um atraso e, também, um preconceito. A população é quem deveria decidir e o MEC convalidar. O Governo deve ser, segundo a expressão de Abraham Lincoln:”Democracia é governo do povo, para o povo e pelo povo”.

O mais gritante, nós necessitamos de médicos em todas as especialidades. Os jovens querem estudar medicina, mas nem sempre conseguem esse sonho no Brasil. Daí migram para países vizinhos, em busca de realizar seus sonhos. Por isso, 25 mil brasileiros estudam medicina na Bolívia, o equivalente a 23% do total de alunos matriculados no curso no Brasil em 2018 — 110.804 estudantes, de acordo com o censo do Ministério da Educação. Os dados são da Embaixada da Bolívia no Brasil e divulgados pelo jornal Folha de São Paulo.

O número de brasileiros que estudam no país sul-americano é dezesseis vezes maior que do que os matriculados no curso da USP (Universidade de São Paulo), um dos mais importantes do País. Entre os atrativos da Bolívia estão a ausência do vestibular e o baixo custo das mensalidades em relação às faculdades privadas nacionais.

Todavia, se a entrada no curso é facilitada, o mesmo não se pode dizer da saída. Além dos sete anos de graduação — incluindo um ano de internato e três meses de trabalho obrigatório — o aluno presta um exame ao fim da graduação. Na volta ao Brasil os médicos enfrentam a burocracia e o preconceito. Ter um diploma estrangeiro de médico não dá o direito de exercer a profissão no Brasil. Não importa se o curso foi na Bolívia ou na Suíça, é preciso passar por uma revalidação de diploma, um processo longo, difícil e caro. As provas têm um nível superior ao de um graduado. São provas para especialistas. Eu acho injusto o processo de revalidação de diplomas no Brasil. É preciso mudar essa política e o país passar a acolher os médicos brasileiros formados no exterior.

Aqui, no Acre, há maior carência de médicos. Em final e início de ano não se encontra profissionais em muitas áreas. Um exemplo? Desloquei o tornozelo e precisei esperar 3 semanas para ser atendida por um especialista, que estava em viagem. Isso é, apenas, um corriqueiro exemplo.

Diante do quadro que aqui se mostra, e considerando que o Governador do Acre é um jovem moderno e profundo conhecedor do sistema de saúde no país, ele pode iniciar um projeto, junto ao MEC, para possibilitar a residência médica desses estudantes aqui no Acre. Sabe-se que quanto mais residentes tem um hospital, melhor atendida será a população. Ademais, outros órgãos do Governo devem trabalhar unidos para o êxito desse propósito. Separar forças é contribuir para o caos. Unidos somos mais fortes. E o Acre já deu exemplos ao Brasil e ao mundo o quanto é grande no amor e no patriotismo. É brasileiro por opção. Então, trabalhar para uma política que atenda os estudantes  brasileiros, que estudam nos países vizinhos, é uma questão patriótica e humana, além de uma boa política social e humanística a favor da população.

Espera-se que este clamor, que é da população acreana, chegue às autoridades, às instituições que são capazes de auxiliar os jovens brasileiros que deixaram, aqui, suas famílias para conquistar, no exterior, o sonho de serem médicos e no regresso servir bem a pátria. É melhor ter um profissional que fala a língua portuguesa atendendo a população do que um que não entende nada do que diz o paciente. Precisamos, urgentemente, de especialistas de gente, que nos olhem, nos escutem, nos atendam com respeito e dignidade. É assim que deve iniciar a proposta de acolhida de médicos acreanos formados na Bolívia e no Peru. Somos povos irmãos, que devem caminhar de mãos dadas e não uns de costas para os outros. Essa soberba brasileira suscita indignação para tantas pessoas que necessitam de atendimento médico. Vamos encher os hospitais do Acre de residentes acreanos? É um bom começo. E como diziam os romanos: Necessitas caret lege — A necessidade não tem lei.


LIÇÕES DE GRAMÁTICA

LIMPO ou LIMPADO, Professora?

A regra é clara. Usa-se limpo com os verbos ser e estar. Ex.: A casa está limpa. A criança está banhada e limpa.

Usa-se limpado com os verbos ter e haver. Ex. Ele havia limpado o terreno. Terei limpado os sapatos?


* Luísa Galvão Lessa Karlberg, IWA – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montreal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da Academia Acreana de Letras; Membro perene da International Writers end Artists Association – IWA; Pesquisadora do CNPq; Embaixadora Internacional da Embaixada da Poesia.

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