O consultor da presidência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Egídio Garó, comentou nesta sexta-feira, 16, sobre o PIX, modalidade de pagamento ou recebimento instantâneos criado pelo Banco Central. Para o especialista, a mudança permitiu uma dinamização nos meios de pagamento atuais encontrados no Brasil.
Garó relembrou que, com o PIX, as transações acontecem em tempo real com a utilização de chaves cadastradas nas instituições bancárias ou fintechs, estando em operação desde novembro de 2020.
“Ele [o PIX] tem atraído uma grande quantidade de usuários, que o utilizam nos mais diversos pagamentos e recebimentos. Para a pessoa física, não há taxa cobrada entre as transações, a não ser que, pela quantidade realizada ao longo de um período, se caracterize atividade comercial.
Já para a pessoa jurídica, o Banco Central permite a cobrança de tarifas e que fica a critério de cada banco definí-la”, explicou Egídio.
Além disso, o Banco Central cobra de cada instituição participante, ainda segundo o consultor, a tarifa de R$ 0,01 por cada lote de 10 pix realizados. “O que representa um custo muito pequeno e pode não ser repassado para a composição das tarifas aplicadas pelas instituições financeiras e fintechs.
As tarifas cobradas atualmente variam entre 0,99% e 1,45% para pagamentos, limitadas a um teto entre R$ 9 e R$ 10, dependendo da instituição; e, para recebimento, as tarifas variam de 0,99% e 1,45%, limitado a uma tarifa de R$ 150. Claro que isso depende do montante transferido”, enfatizou.
O consultor afirmou ainda que a maioria dos bancos não cobra taxas de recebimento para pessoas jurídicas que utilizam chave PIX, enquanto que, para a utilização do QRCode, as tarifas serão aplicadas.
“Para o comércio, de maneira geral, dinamiza a atividade, minimiza os custos envolvidos com taxas sobre operações de débito e crédito e torna o recebimento imediato. As empresas que operam em market place tendem a uma produtividade maior do que a habitual, haja vista que o pagamento é imediato e o processo de preparação e despacho da mercadoria acontece de modo mais célere”.
De acordo com Garó, até o final do 1º semestre de 2021, o Banco Central apresentará algumas novidades e, entre elas, estão a inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por PIX e o Saque PIX, que dará ao consumidor mais uma opção de obter dinheiro em espécie e facilitar a gestão de caixa do lojista.
O consultor explicou também que, de janeiro deste ano até o momento, mais de 4.280 milhões de empresas aderiram ao PIX como forma de transação recorrente, o que demonstra o interesse dos empresários em agilizar seus pagamentos e recebimentos. Está seria uma vantagem para aquelas empresas localizadas em cidades distantes dos grandes centros e que não dispõem de serviços bancários locais, ainda para Garó. “Permitirá um fluxo maior do caixa e, consequentemente, uma melhor reposição de estoques e melhor planejamento de suas estratégias. Mas para isso, a cidade deverá dispor de um sistema de internet mais efetivo, o que não é percebido, notadamente no Estado do Acre, nas cidades interioranas”, finalizou. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)