Promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) em parceria com diversas entidades representativas, a grande carreata que tomou as ruas de Rio Branco no último sábado, 29, foi marcada pela agenda da defesa de diversos direitos sociais dos trabalhadores e manifestos contra a privatização de empresas públicas essenciais ao povo e à soberania do País. O ato, iniciado no estacionamento do Estádio Arena Acreana e finalizado com protesto no centro da Capital, teve a participação de centenas de veículos e milhares de pessoas.
Cobrança por vacinas para cobertura em massa contra a Covid-19, negativa de retrocessos, arrocho salarial, perda de garantias ocasionadas pelas reformas Trabalhista e da Previdência, cortes na Educação e na Saúde foram algumas das reivindicações. Os trabalhadores também solicitaram o anulamento dos planos de privatização dos Correios, Caixa Econômica Federal, Eletrobrás, Banco Central, Banco da Amazônia e diversos outros órgãos federais essenciais ao povo, além de posições antidemocráticas do Governo do Acre e Prefeitura de Rio Branco em relação a todos os seus servidores.
Fora o Sintect-AC, a Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), os sindicatos Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica Seção Acre (Sinasefe Acre), dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Acre (Seeb-AC), dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas (Urbanitários) e outras 11 entidades participaram do ato. Suzy Cristiny, presidente do Sintect-AC, explica que a união também visa combater a Reforma Administrativa, que modifica a organização da administração pública direta e indireta da União, estados, Distrito Federal e municípios.
“Mesmo estando num momento crítico da pandemia, com quase 500 mil mortos, foi uma necessidade vir às ruas porque o governo está sendo tão perigoso quanto o vírus [coronavírus]. As pessoas estão passando fome, o desemprego aumentando e estão vendendo o patrimônio brasileiro, os Correios e outras empresas públicas importantes como a Eletrobrás. A população está sentindo na pele o que é ter uma administração que não liga para o povo. Por isso nos juntamos a outras 15 entidades e os movimentos sociais e estudantis. Precisamos resistir a todos esses desmontes”, declarou a sindicalista.
Na ocasião, a presidente do Sintect-AC entregou uma carta elaborada no início da semana passada aos deputados federais Léo de Brito (PT) e Perpétua Almeida (PCdoB), e ao estadual, Daniel Zen (PT). A correspondência, elaborada de forma conjunta, será encaminhada ao governador Gladson Cameli (Progressistas), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), e os gestores municipais dos outros 21 municípios acreanos. Com destaque para os regressos impostos pelas gestões das três esferas, a escrita chama a atenção para demandas locais (Estado e Município) de diversos setores. (Assessoria)