Corpus Christi (o Corpo de Cristo) é uma celebração religiosa, especialmente da Igreja Católica, e seus “sacramentos”, com ênfase na “eucaristia”, isto é, o reconhecimento e a lembrança do povo cristão, numa comunhão de “ação de graças”: da morte de Jesus Cristo, sob grande sacrifício; do seu sangue redentor derramado na cruz e; da sua ressurreição.
Do seu sofrimento e morte na cruz, principalmente porqueo que Jesus Cristo sofreu naquelas horrendas horas de cruz, jamais se saberá neste mundo. Comumente a morte sobrevinha depois de quatro a seis dias. No caso de Jesus veio depois de seis horas. Portanto, a agonia da crucificação de Jesus, o Cristo, assim como o peso da sua cruz ainda não foi medido, na sua plenitude, pelo homem, pois que a crucificação era a morte mais agoniada e ignominiosa que uma época de crueldade podia inventar. Deste modo, abro parêntese, para citar Cícero (106-43 a.C.): “O próprio nome, crucificação, deveria ser excluído não só do corpo, mas também dos pensamentos, dos olhos e dos ouvidos dos cidadãos romanos”.
Sofrimento pré-anunciado por Jesus Cristo, por ocasião da última ceia, quando o Senhor apresentou o pão e o cálice como símbolos do seu corpo, que é dado em sacrifício, edo seu precioso sangue derramado, na cruz, por nós. Nesse ato Jesus Cristo estabelece uma nova aliança, simbolizadas no pão e no vinho, anunciando que devemos viver em comunhão; compreender e tolerar o nosso próximo. Afinal, na época de Jesus o povo cria em três máximas: Com os romanos, os homens aprendiam que as conquistas chegam com a força; com os gregos, temos a exaltação da sabedoria e; com os judeus a exaltação da Lei. No entanto, Jesus Cristo reuniu estas três forças, que comandavam os homens de sua época, numa só: Na comunhão com Cristo, somos: fortes, sábios e cumpridores da Lei.
Hoje, quando são passados mais de 2.000 anos, podemos contemplar com gratidão o sacrifício vicário de Jesus Cristo. Para nós, cristãos, a crucificação de Jesus Cristo foi mais do que a morte de um mártir, mais do que um bom exemplo com oferecimento de sua vida pelos seus semelhantes. Por esta dádiva de Deus nos cristãos devemos viver em contínuas “ações de graças”, ser gratos ao Senhor Jesus Cristo, por ter atravessado, por nós, o vale da sombra da morte.
Celebramos neste Corpus Christis, sobremaneira a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Em dias difíceis como os que estamos vivendo a ressurreição de Cristo é um novo amanhecer para os cristãos do mundo inteiro. Uma mensagem de boa nova e esperança.
Francisco Assis dos Santos
*TEOLÓGO. E-mail: [email protected]
“Nesse ato Jesus Cristo estabelece uma nova aliança, simbolizadas no pão e no vinho, anunciando que devemos viver em comunhão, compreender e tolerar o nosso próximo.”