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“Há risco de desmoronamento e 60% da população pode ficar sem água”, diz Gladson sobre ETA II

O governo do Acre e a Prefeitura de Rio Branco realizam intervenções emergenciais para evitar novos deslizamentos de terra na área da captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) II, localizada no bairro Sobral, na capital. Neste domingo,6, o governador Gladson Cameli foi ao local acompanhar a execução dos serviços, e agradeceu todos envolvidos na força-tarefa para evitar a interrupção no abastecimento de água da capital.

“Há um risco de desmoronamento, que se acontecer, 60% da população ficará sem água. Aproveito a oportunidade para agradecer a Deus e às pessoas que estão nos ajudando direta ou indiretamente, para que essa obra possa evitar danos à população. É com garra e determinação que vamos vencer os desafios que temos pela frente”, disse Cameli, ao agradecer o apoio de todos técnicos do Estado e da Prefeitura envolvidos na realização das obras emergenciais.

As ações mobilizam equipes da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa), Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedur), Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) e Empresa Municipal de Urbanização (Emurb).

A obra de construção da nova subestação que alimenta o sistema da captação está praticamente pronta. Também um novo canal de desvio está sendo construído para levar água da captação até a estação de tratamento, localizada um pouco mais acima, também no bairro Sobral.

O novo canal será a alternativa para continuar levando água da captação até a estação de tratamento, caso novos deslizamentos causem danos à lagoa de decantação, que hoje funciona com apenas uma célula, já que duas foram danificadas durante o primeiro sinistro, ocorrido em maio de 2020.

Ainda com o objetivo de evitar nova movimentação de terra na captação, equipes da Emurb esvaziam reservatório construído para reutilização da água na lavagem do pátio na área da Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa).  Trata-se de um tanque, que acabava funcionando como carga hidráulica para acelerar o processo de deslizamento de terra na região. Com o esgotamento retira-se um peso, que faz pressão sobre a massa.

O trabalho de monitoramento é diário, e conta com o apoio dos técnicos da Funtac, para realização de perfurações, com o objetivo de avaliar a resistência do solo e nível de risco de novas movimentações de terra na área.

Alerta

Como forma de prevenção, o governo do Estado, por meio do Depasa, alerta para o risco de pessoas estranhas ao trabalho transitarem pelo local das obras. Durante o fim de semana, pessoas foram flagradas pescando sobre a balsa de uma das bombas flutuantes da captação.

Na estrutura das flutuantes, há sistema elétricos, e na área da captação há instabilidade do solo, onde é possível haver modificações, movimento de massa. Nesse momento, é importante deixar a área restrita ao uso dos profissionais em serviço no local.

 

 

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