Uma fiscalização realizada por volta do meio-dia desta terça-feira, 15, por funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf/AC), na fazenda Campo Esperança, no município de Capixaba, resultou em desentendimento entre o produtor e pecuarista Jorge Moura e os servidores do órgão federal.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o pecuarista Jorge Moura, conhecido como o maior produtor de soja do Acre, demonstra revolta com a presença do Exército durante a fiscalização, situação que ele considerou desnecessária e desrespeitosa. “Não somos bandidos!”, indignou-se.
Em nota, o secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Nenê Junqueira, saiu em defesa de Moura. “O produtor não pode ser tratado como bandido!”, escreveu. E continuou: “Venho manifestar o meu repúdio em decorrência da Operação Vigia, fiscalização na linha de fronteira. Operação do Ministério da Agricultura – Mapa, realizada para verificar sobre defensivo agrícola. Na ocasião, a equipe entrou no local, com exército, parecendo uma operação de guerra, será que é correto tratar quem trabalha desta forma? Sem um aviso prévio? Ocorre que tal situação causou desconforto e constrangimento, uma vez que trata-se de um produtor rural trabalhador, que merece respeito, assim como tantos outros no estado do Acre”, destacou o secretário.
Junqueira disse que, no momento do ocorrido, Jorge Moura estava acompanhado da esposa e trabalhando ao lado de seus familiares. “Estou atento às expressões e atitudes desta natureza e não compactuo em nenhuma hipótese com tais práticas”.
O secretário revelou que já passou o vídeo para o senador Márcio Bittar, e pediu para ele falar a respeito com a ministra Tereza Cristina. “Comuniquei também o nosso governador, Gladson Cameli, em relação a este fato lamentável. Fica aqui registrado, minha indignação e solidariedade ao produtor”.
Assista o vídeo: