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Egoísmo: grande mal do mundo

O mundo e as pessoas estão, a cada dia, mais diferentes. Os avanços tecnológicos nos levam sempre mais a desenvolver atividades solitárias, tais como o uso do computador, do celular, de jogos eletrônicos, programas de Facebook, Twitter, etc.

Egoísmo, à luz de bons dicionários, é amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios. Exclusivismo que faz o indivíduo voltar para dentro de si, num egocentrismo sem medida. Orgulho e presunção. Algumas espécies do gênero animal são egoístas por instinto. O ser humano, no entanto, é egoísta por presunção e patologia interior. Doença instalada nas entranhas da faculdade da alma.

Na filosofia do existencialismo o ser humano é uma paixão inútil. Para Jean Paul SARTRE (1905-1980) “O homem nada mais é do que aquilo que ele mesmo faz de si mesmo”. Na história, não teria natureza, pois ele se faz vivendo: “Eu sou eu mais as minhas circunstâncias”, diria José ORTEGA y GASSET (1883-1955).

Subjetivamente, diz FREUD (1856-1939): “o homem é governado pela concupiscência do espírito.” Dominado quase que inteiramente pela libido, uma energia relacionada, sobretudo, pelo desejo sexual ou a “busca de prazer no próprio corpo”.

Thomas Hobbes (1588-1679), empirista inglês, tentou explicar o comportamento egoísta do homem. Segundo ele, esse egoísmo é a causa de transformar os humanos em “lobos uns dos outros.” Essa atitude egoísta, também, é o fator responsável pelas guerras e pelos conflitos, pelas perversões das condutas, situações prejudiciais a todos. Para Hobbes, os seres humanos se encontram, por natureza, num estado de guerra universal, em razão das paixões que os dominam. É a destruição do homem pelo homem, que no dizer de Nietzsche (Genealogia da Moral), é a maior e mais inquietante de todas as doenças, da qual a humanidade ainda hoje não está curada, o homem, doente de si mesmo.

Exemplo mor dessa verdade com evidências públicas e notórias é a corrida pelo poder público. É aqui que constatamos uma perversidade que se agiganta cada vez mais em grau mais elevado. É aqui, nessa atividade pública, que homens e mulheres se revelam extremamente egoístas e desonestos, produto da busca desenfreada pelo poder, prazer e realização pessoal desmedido, nem que para isso tenham que se corromper e tornar corruptos seus semelhantes, conforme observamos na política brasileira.

O que fazer para evitar esta corrupção, que permeia a alma humana? Seria utopia ou miragem social sonhar com uma sociedade em que não exista a corrupção, a pobreza, a tirania, as guerras e porfias de toda ordem? Como sair desse estado totalmente insuportável? Como os humanos podem sair desse círculo vicioso de luta, inimizade, ódio e suspeita? Apesar do Apóstolo São Paulo, ter dito: ”Miserável homem que sou!”, há quem creia que a Providência Divina é o único meio de arrancar o homem dessa miserável condição humana do domínio invencível: do egoísmo; da vaidade, que tudo corrompe, em tudo penetra e do irremediável domínio das paixões viciosas, TV etc.

É muito importante entender a alma das palavras, por isso é bom aprender o significado de duas palavras tão presentes no nosso cotidiano. EGOÍSMO vem do latim EGO, ou seja, EU, e -ISMO significa atração por. Portanto, egoísmo é ter atração por si mesmo. Por egoísta entendemos ser aquele que só pensa em si, vive para si mesmo, não tem interesse, vontade ou maturidade para entender que o mundo é feito de relações, idas e vindas, caminho de mão dupla, além de mim existe o OUTRO.

EGOCENTRISMO: ego significa Eu e “centrum”, ou centro, quer dizer que é o lugar principal, “centro das atenções, centro das referências”, assim o egocêntrico é aquele que acha ser ele o “centro de tudo”, e que tudo tem que girar em torno de si.

O egoísta é aquela pessoa que deseja dar pouco ou nada, mas quer receber muito, possui amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios. Algumas espécies do gênero animal são egoístas por instinto. O ser humano, no entanto, é egoísta por presunção e patologia interior. Doença instalada nas entranhas da faculdade da alma.

Exemplo maior dessa verdade, com evidências públicas e notórias, é a corrida pelo poder público. É aqui que constatamos uma perversidade que se agiganta cada vez mais em grau muito elevado. É aqui, nessa atividade pública, que homens e mulheres se revelam extremamente egoístas e desonestos, produto da busca desenfreada do ser humano pelo poder, prazer e realização pessoal desmedido, nem que para isso tenha que se corromper e tornar corruptos seus semelhantes.

O que fazer para evitar esta corrupção, que permeia a alma humana Seria utopia ou miragem social, sonhar com uma sociedade em que não existam a corrupção, a pobreza, a tirania, as guerras e porfias de toda ordem? Como sair desse estado totalmente insuportável? Como os seres humanos podem sair desse círculo vicioso de luta, inimizade, ódio e suspeita? Seria demasiado tarde, para a humanidade, refletir sobre sua miséria, usando a razão para construir um Estado, corpo artificial destinado a garantir a segurança de todos?

É necessário aprender a conhecer a nossa individualidade (características que diferenciam umas das outras pessoas) para saber como contribuir com o grupo e controlar o egoísmo a fim de permitir que a participação nos grupos contribua com o crescimento de todos.

Sabe-se que tudo na vida é transitório, tudo passa, tudo se transforma. O que adianta tanta riqueza material, se a miséria invade nossas TVs, os semáforos, as ruas? É hora de rever o sentido próprio da vida, pois “egoístas doentios” costumam morrer da pior doença: a solidão.

 

LIÇÕES DE GRAMÁTICA

“Impropriedade vocabular”

– Ocorre quando se usa uma palavra em lugar de outra por falsa associação de sentido entre elas. Exemplo:

  • As lâmpadas florescentes são mais econômicas. (fluorescentes)
  • O criminoso foi pego em fragrante. (flagrante)
  • O negro tem sido muito descriminado neste país. (discriminado)

 

Categories: Luísa Lessa
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