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Homossexualidade: sexo neutro!

A declaração de Eduardo Leite, Governador do Rio Grande do Sul, assumindo publicamente sua homossexualidade, não deveria causar tanto “impacto” na sociedade brasileira. Afinal, é milenar que sempre existiram homens públicos declaradamente gays. Eu não estou referindo-me aos imperadores romanos da antiguidade, ou aos reis e príncipes da era medieval e moderna. Porquanto, sabemos ou somos sabedores que, mesmo aqui na América do Sul, ministros, senadores, governadores, presidentes e presidentas são homossexuais. No entanto, a diferença é que o Governador Eduardo Leite, enquanto no cargo, tornou pública sua homossexualidade.

Não entro no mérito da questão da vida sexual de cada um, sei, todavia, que há estudos e ilações, muito antigas e atuais sobre a possibilidade da existência do “sexo neutro”,  sustentando que homens e mulheres nascem homossexuais.

As palavras “homossexualismo” e “amor lésbico” não antecedem a segunda metade do século XIX. Além do mais, foi apenas nesse período que as profissões médicas começaram a considerar o homossexualismo como uma perversão cujo estudo pertencia ao campo da psicopatologia. Mas havia alguns dentre a classe médica que viam nos homossexuais uma nova raça, um terceiro sexo entre homens e mulheres. Concebiam a sexualidade como uma atração entre pólos opostos (homem e mulher) e, conseqüentemente, se um homem se sentia atraído por outro homem, devia ser segundo eles, uma mulher. É verdade que alguns cientistas, em especial no campo da medicina, enfatizavam as qualidades femininas dos pederastas, chamando-os de “hermafroditas mentais”. Hermafrodita é uma pessoa que possui características sexuais primárias de ambos os sexos, ao mesmo tempo. Os verdadeiros hermafroditos apresentam gônadas (glândulas sexuais), uma das quais se desenvolveu como um óvulo e a outra como testículo.

Pergunta-se: Se de fato há um “sexo neutro”, então reverter essa aversão ao homossexualismo é possível? Em muitos, se não na maioria dos casos, pode ser uma tarefa quase impossível? Se o “sexo neutro” existe, pois, porque há por trás dele algum tipo de julgamento (divino) da parte da Igreja? Será que, em longo prazo, o problema pode ser anulado por meios espirituais? Pois que, sabemos de casos isolados de homossexuais e travestis que através duma experiência pessoal de conversão espiritual, deixaram à prática do homossexualismo em definitivo.  Se alguns homossexuais são assim por causa de condicionamento social, então essa prática pode ser solucionada pela psicoterapia?

Estas e outras perguntas pertinentes ao assunto ressoam por gerações aos nossos ouvidos, sem que se tenha uma solução para o tema. Nem a ciência, nem a religião têm obtido êxito, com suas “teses” inteligentes e eficazes, no desvendar dos caminhos que levam ao homossexualismo. Entretanto, repito, estudos atuais indicam que existe de fato um “sexo neutro”.

Desta forma suscito outras perguntas: Existem homens e mulheres nascem homossexuais?

Será isso possível? Que valer?

 

* HUMANISTA. E-mail: assisprof@yahoo.com.br

“há estudos e ilações muito antigas e atuais sobre a possibilidade da existência do “sexo neutro” sustentando que homens e mulheres nascem homossexuais.”

 

 

A Gazeta do Acre: