O falso sequestro, praticado por membros de organizações criminosas, é mais um assunto tratado pela Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio de orientações aos cidadãos, recomendando também disseminar as informações a familiares e amigos.
Em síntese, o golpe funciona da seguinte forma: os criminosos ligam para a vítima e dizem ter-lhe sequestrado algum familiar próximo (pai, mãe ou filho). Em seguida, colocam outro criminoso para falar ao telefone, passando-se pelo refém, com choros e gritos assustados, para alarmar a vítima. Na sequência, pedem dinheiro para que “o parente” seja libertado, sob a ameaça da prática de algum mal à pessoa supostamente capturada.
Especialistas em segurança pública orientam que no momento da ligação a pessoa procure se manter calma, entre em contato com o familiar que supostamente teria sido sequestrado para confirmar a veracidade dos fatos. Em nenhum momento deve-se fazer a transferência dos valores pedidos antes de verificar a situação e comunicar a polícia.
Caso tenha sido vítima desse golpe, registre um boletim de ocorrência presencialmente na delegacia mais próxima ou pela delegacia virtual no endereço eletrônico: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal.
Como medida de prevenção, sempre desconfie de ligações de terceiros que aleguem que algum parente próximo tenha sido sequestrado. Enquanto fala ao telefone, não se desespere. Se possível, ligue para esse parente, supostamente sequestrado, ou outro ente próximo a ele a fim de se certificar de que está tudo bem. Envie uma mensagem nos grupos da família indagando o paradeiro do parente. Se não conseguir contato com a pessoa ou ente próximo a ela, ligue para a polícia no número 190.
Na hipótese de o suposto sequestrador (golpista) pedir que não desligue o telefone, simule uma interferência com a respectiva queda da ligação e faça os contatos com parentes próximos e com a polícia no número 190. Faça uma ligação por meio de vídeo com o suposto sequestrador (golpista), sem mostrar a sua imagem, e a grave por meio de aplicativos. Antes de realizar qualquer transferência ou depósito, pesquise a agência informada pelo “sequestrador” (golpista) no Google (basta digitar, por exemplo, “ag. 2271 Banco Bradesco”) e verifique o município e o estado de origem da conta bancária, comparando-os com a localidade da residência do parente.
Há casos, em que, por desinformação ou descontrole emocional, algumas pessoas caem nesse tipo de golpe. Saiba como proceder se for vítima:
1) Faça contato imediato com o seu banco para tentar bloquear o valor enviado;
2) Relacione todos os meios de contato mantido com o criminoso, como por exemplo os números de telefones;
3) Separe a gravação da ligação mantida com o golpista, via áudio ou vídeo, e, caso tenha tido diálogo via aplicativos de mensagens (WhatsApp, Telegram, Direct, etc.) tire print;
4) Anote o dia, hora e local em que estava quando teve os diálogos com o golpista;
5) Procure uma Delegacia de Polícia Civil, leve o aparelho celular utilizado para os diálogos e registre um Boletim de Ocorrência, apresentando os meios de contato do golpista, os prints dos diálogos e o comprovante de depósito ou transferência enviado para o golpista.