Durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, desta quarta-feira, 7, o deputado Leo de Brito fez diversos questionamentos ao ministro da Economia Paulo Guedes sobre a política econômica do governo Bolsonaro.
O parlamentar acreano, autor do requerimento de convocação do ministro, pediu explicações sobre os sucessivos aumentos nos preços dos alimentos, gás de cozinha, combustíveis, energia elétrica, questionou a proposta de reforma administrativa, as privatizações, os privilégios e os supersalários.
“Infelizmente o Brasil que o ministro Paulo Guedes enxerga nas quatro paredes em Brasília não é o real, não é o mesmo que a gente ver aqui no Acre, por exemplo, onde o gás de cozinha em alguns lugares chega a R$ 130,00, a gasolina já ultrapassa os R$ 8,00, as pessoas estão passando fome, com muita dificuldade para sobreviver, o desemprego só cresce, a insegurança alimentar aumentando, os alimentos estão cada dia mais caros, o gás de cozinha, a energia elétrica que teve um amento de 55% recentemente, os combustíveis, o governo Bolsonaro tá massacrando o povo brasileiro, o ministro precisa dar explicações sobre tudo isso”, pontuou.
Recomposição do orçamento das universidades e institutos federais
Outra cobrança feita por Leo de Brito durante a audiência com Paulo Guedes, se refere a recomposição do orçamento das universidades, que tiveram cortes de mais de 18% em relação a 2020 e atingiram as 69 universidades federais do país.
Leo de Brito que é professor do curso de Direito da Universidade Federal do Acre, lamentou o desmonte da educação e os cortes de recursos que podem inviabilizar o funcionamento das universidades e institutos federais.
“É um absurdo o que o governo Bolsonaro vem fazendo com a educação do nosso país, um verdadeiro desmonte, nós queremos uma resposta clara sobre a recomposição dos orçamentos das universidades e institutos federais, compromisso feito por um membro do governo aqui nessa Casa, não podemos permitir o fechamento dessas instituições de ensino tão importantes”, disse.
Reforma Administrativa
Já na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma administrativa (PEC 32/2020), Leo de Brito indagou o titular do Ministério da Economia sobre os privilégios e os supersalários, e questionou a proposta de reforma administrativa do governo Bolsonaro.
“O Brasil não precisa dessa reforma administrava, precisa atacar os privilégios, os supersalários, que nos vamos votar agora na Câmara e que eu tenho defendido há muito tempo, o Brasil precisa cortar essas benesses como a que o próprio presidente da República fez pra ele mesmo, que aumentou seu salário de 31 mil para 41 mil reais recentemente, o que precisamos é melhorar os mecanismos de eficiência, valorizando o servidor público, precisamos de estabilidade e eficiência no setor público”, finalizou.