Um procedimento investigatório criminal foi instaurado, pelo Ministério Público do Acre (MPAC), para apurar o caso de agressão de um policial militar contra um homem, em Rio Branco. O documento assinado pela promotora de justiça Maria Fátima Teixeira foi publicado nesta quarta-feira, 21, no Diário Eletrônico do MP/AC. O caso aconteceu no dia 27 de junho deste ano, no bairro Habitasa, e foi registrado em vídeo por moradores.
No texto, a promotora considera a investigação como uma forma de evitar possíveis abusos de autoridade ou omissão por parte dos policiais. Destaca ainda que a partir do vídeo veiculado na imprensa, é possível supor incriminação por Lesão Corporal e Abuso de Autoridade. “Destaca-se data urgente para interrogatórios dos policiais militares”, instaura a promotora no documento.
O vídeo mostra o momento em que o policial militar agride o homem que portava arma branca e estaria ameaçando pessoas do bairro. Durante a abordagem, o militar desfere socos e tapas até que o homem cai no chão, quando segue com chutes. O outro policial ajuda a imobilizar a vítima.
No mesmo dia, a Polícia Militar do Acre emitiu uma nota informando que o profissional foi autuado em flagrante. No dia seguinte, 28 de junho, o militar foi solto durante audiência de custódia. O policial continua trabalhando e está cumprindo medidas cautelares, como assistir palestrar e realizar recolhimento noturno, quando não estiver em expediente de trabalho. Entramos em contato com a Assessoria da PM e aguardamos resposta.
Nota da PM
Nota emitida pela Polícia Militar no dia do acontecimento, assinada pelo comandante geral, coronel Paulo César Gomes da Silva.
“Ressaltamos que a Corporação não compactua com desvios de condutas, que venham a macular a imagem da instituição, e que usa de todos os meios disponíveis para inibir ações ilegais, abusivas e arbitrárias por parte de seus integrantes. A instituição reafirma seu compromisso com a defesa da vida e o estrito cumprimento da Lei, e reforça que tais atitudes não refletem os valores e práticas difundidas pela Polícia Militar do Acre”, diz a nota.
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