O Governador Gladson Cameli sancionou o projeto de lei do deputado estadual Roberto Duarte que institui atendimento prioritário para os portadores de fibromialgia, conforme foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira, 14. A estimativa é que a lei beneficie pelo menos 500 pessoas em todo o Estado.
A partir de hoje, estabelecimentos públicos estaduais e os privados devem garantir, durante todo o horário do expediente, atendimento prioritário para essas pessoas. A identificação dos beneficiários se dará por meio de cartão expedido, gratuitamente, por órgão de saúde competente.
“Nós ficamos felizes com a sanção do nosso projeto de lei porque representa o nosso foco, que é o de garantir que as pessoas com fibromialgia tenham uma vida melhor por meio do atendimento prioritário nos estabelecimentos, por exemplo. Facilitar a vida de quem convive com a dor acaba sendo de extrema importância, pois ajudamos a proporcionar dignidade a essas pessoas, construindo uma sociedade que retira barreiras, favorecendo um caminho menos difícil a todos”, destacou Roberto Duarte.
Marco na história
Lutando contra a fibromialgia há cerca de 18 anos, a representante e líder voluntária da Associação Nacional de Fibromiálgicos e doenças correlacionadas (Anfibro) no Acre, Lene Queiroz, acredita que a lei representa um marco na luta por políticas públicas voltadas às pessoas com fibromilagia.
“Essa lei vai ser um marco na história porque vai nos ajudar muito. Você não tem ideia do quanto nós, pacientes fibromiálgicos, sofremos em uma fila aguardando por um atendimento. Eu sou uma que, com o passar dos anos, não consigo mais ter uma vida produtiva como eu tinha antes e se eu ficar 15 minutos em uma fila, eu não aguento. Não é frescura, não é fingimento nem coisa da minha cabeça”, explica Lene.
O que é fibromialgia
Ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a fibromialgia não é uma doença psicológica. Trata-se de uma síndrome cujo principal sintoma é a dor e sensibilidade generalizadas, além de uma variedade de sintomas, incluindo fadiga, distúrbios do sono, depressão, ansiedade, enrijecimento muscular, cansaço frequente, problemas de memória e concentração, alterações do sono e disfunção cognitiva.
Não se sabe ao certo qual é a sua causa, no entanto, é mais comum acometer mulheres entres 35 e 50 anos, e os sintomas podem piorar após a realização de esforço físico, estresse emocional ou exposição ao frio.