A insegurança dentro das unidades de Saúde do estado do Acre têm sido um problema levantado com frequência pelos profissionais de Saúde. Com a demissão dos vigilantes, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) na última sexta-feira,19, na Justiça do Trabalho de Rio Branco. Em resposta, o Governo do Estado determinou a contratação emergencial de 94 vigilantes armados, com dispensa de licitação na última segunda-feira, 23.
No documento do Sindmed, foram anexadas 20 notícias de diferentes sites jornalísticos do estado, de 2013 a 2021, com o intuito de evidenciar a falta de segurança vivida dentro dos hospitais e demais unidades de saúde no Acre. O caso mais recente destacado foi o de dois homens armados com ripas que invadiram um hospital na cidade de Xapuri, no início de agosto deste ano.
“A gente está esperando o quê? Alguém morrer? Alguém levar um tiro, uma facada? No sindicato, nossa função é essa, lutar pelas condições de trabalho do profissional e uma delas é a segurança. E não tem como trabalhar assim”, reclama o presidente do sindicato, Guilherme Pulici.
A ação solicita a garantia da segurança física das áreas internas e externas das unidades de saúde administradas pelo estado por meio de: câmeras de segurança, alarmes sonoros, luzes de emergência, portas com detectores de metal e vigilância armada “durante todo o horário de funcionamento e atendimento e atendimento das referidas unidades”, consta o documento.
O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre), decretou a contratação emergencial de empresa de segurança para 94 profissionais. Serão 54 vigilantes para Rio Branco, 25 para a região de Tarauacá/Envira e 15 vigilantes para atender as regiões do Alto e Baixo Acre. Pela urgência, o documento dispensou a realização de uma licitação.
Além disso, com a ACP do Sindmed foi designada uma audiência de conciliação com o governo, marcada para o dia quatro de outubro deste ano. De acordo com o Sindicato, a instituição fez sua parte e se ausenta da responsabilidade acerca de qualquer vida perdida por falta de segurança.
Sobre os vigilantes
No dia de 10 julho, cerca de 180 vigilantes foram demitidos, após a Empresa Protege rescindir o contrato com o Governo do Acre. O fim do acordo seria devido à falta de pagamento da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) para a empresa de segurança e uma dívida de pelo menos R$ 5 milhões. No dia 23 de julho, a Sesacre assinou um aditivo de contratação no valor de R$ 13 milhões com a Empresa Protege para prestação de serviço de vigilância.
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