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Márcio Bittar aposta em candidatura de Márcia ao Senado e não descarta saída do MDB

Não são meras especulações que o senador Márcio Bittar (MDB-AC) está mesmo disposto a bancar, politicamente, a candidatura de sua ex-esposa Márcia Bittar ao Senado, nas próximas eleições, e até mesmo sair do MDB, caso seja necessário, por este e outros motivos. O assunto foi comentado pelo parlamentar, durante visita, na manhã desta quinta-feira, 5, ao site A Gazeta do Acre.

“Eu tenho uma candidata que se viabilizou. Eu conheço o seu caráter, sua honradez, sua fidelidade e formação moral, e esse é um movimento iniciado em Brasília”, afirmou Bittar, referindo ao apoio do presidente Jair Bolsonaro.

A proximidade entre o senador e sua ex-esposa com o presidente da República chegou a ser considerada como motivo de desconforto para a direção nacional do MDB, segundo veicularam órgãos da imprensa nacional.
Em setembro de 2020, o jornal Valor Econômico mostrou, em uma reportagem, que Bittar não encontrava respaldo de seu partido para defender ideias do governo, como a extinção do piso de gastos em Educação e Saúde, por exemplo. Mesmo assim, ele se tornou um dos parlamentares mais conhecidos no Congresso Nacional por seu apoio pessoal ao governo Bolsonaro, tendo sido, inclusive o relator do Orçamento Federal de 2021.

“Pode haver um movimento dos cinco senadores do MDB saírem para fazer do PP, por exemplo, ou de uma fusão de partidos, a maior bancada do Congresso Nacional, para apoiar o presidente Bolsonaro”, cogitou Bittar, durante a conversa.

No que diz respeito às movimentação internas do MDB do Acre, em relação a candidaturas, Bittar comentou que, em uma reunião, chegou a dizer que apoiaria a deputada Jéssica Sales. “Eu poderia estar apoiando a Jéssica, mas cada um tomou um caminho, e eu tenho minha candidata ao Senado, que é a Márcia. Gostaria que o MDB estivesse unido”, lamentou.

Márcio Bittar afirmou também que apoia que o deputado estadual Roberto Duarte (MDB) dispute uma vaga na bancada federal. “Eu preciso de um jovem como ele em Brasília para me ajudar a trazer recursos para o Acre. É fundamental termos pessoas mais jovens, como o Roberto, e incentivo o Roberto a ir pra bancada federal porque é lá que podemos fazer a diferença pelo Acre”, salientou.

O senador destacou ainda a importância das articulações políticas em Brasília, criticando os parlamentares da bancada federal que permanecem mais tempo no Estado do que na Capital federal.

“Para que eu possa ajudar o Estado, eu tenho que ser útil em Brasília. A principal obra para o Acre é dar condições de prosperidade. De gerar atividade econômica, para gerar emprego, renda e tirar o Acre da pobreza que nos colocaram. Um parlamentar que fica de terça a quinta em Brasília e vem para o Acre aos finais de semana, pode até ser legal, e a quem diga: ‘ele está aqui do meu lado, me visitando’, mas ele não consegue trazer dinheiro para o Estado”, concluiu.

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