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CRM amplia prazo para que governo informe medidas adotadas na Maternidade de Feijó

O Conselho Regional de Medicina do Acre aceitou o pedido de Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) e concedeu mais 30 dias para que a administração responda ao relatório de fiscalização que aponta uma série de irregularidades que devem ser sanadas na Maternidade do município de Feijó, no interior do Acre.

A decisão de aceitar a dilação do prazo foi tomada na reunião de diretoria do CRM-AC desta segunda-feira (23). Agora, o governo tem um mês para se manifestar sobre as medidas que foram adotadas para sanar os problemas e as recomendações feitas pela autarquia. Até lá, o CRM suspendeu o processo de interdição ética da unidade de saúde.

CRM amplia prazo para que governo informe medidas adotadas na Maternidade de Feijó
Entre as irregularidades constatadas na Maternidade, que funciona em um anexo do hospital geral de Feijó, está a falta de médicos plantonistas e especialistas, inclusive ginecologista, pediatra e anestesista; dificuldade para transferência de pacientes por não possuir médicos suficientes e por conta da ambulância que está quebrada; e problemas na estrutura física da unidade, como a falta de iluminação adequada no centro cirúrgico (Foto: Arquivo)

Fiscalização

O CRM-AC fiscalizou a unidade de saúde no início do mês de junho deste ano, após receber denúncia do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmead/AC). Na vistoria, foram constatadas uma série de irregularidades estruturais e problemas na escala médica, o que afeta diretamente o atendimento da população daquele município.

Na época, o Conselho chegou a se reunir com vereadores da cidade, que pediram apoio para que a situação, que se arrasta há anos, fosse resolvida. Foi então que a diretoria da autarquia agendou reunião com a Sesacre e o Ministério Público, para alertar sobre o caso da unidade e buscar uma forma de acelerar a resolução dos problemas. No entanto, nenhum dos órgãos compareceu ao encontro.

Ainda na luta para garantir atendimento de qualidade à sociedade e condições mínimas de trabalho aos profissionais de saúde da Maternidade, o CRM-AC encaminhou relatório da fiscalização com as constatações à Sesacre, dando um prazo inicial de 30 dias para que a situação fosse corrigida, o que não foi atendido até então.

Irregularidades

Entre as irregularidades constatadas na Maternidade, que funciona em um anexo do hospital geral de Feijó, está a falta de médicos plantonistas e especialistas, inclusive ginecologista, pediatra e anestesista; dificuldade para transferência de pacientes por não possuir médicos suficientes e por conta da ambulância que está quebrada; e problemas na estrutura física da unidade, como a falta de iluminação adequada no centro cirúrgico.

Outro problema é que a Maternidade possui aparelho de ultrassonografia, mas o exame não é feito por falta de profissional especializado. Segundo relato dos profissionais, o médico plantonista na unidade é responsável pelo atendimento de diversos setores, como de consulta ambulatorial de toda demanda espontânea, inclusive ambulatório Covid-19, urgência e emergência adulto e pediátrico; internações; visitas de pacientes internados nas enfermarias e maternidade; ala Covid-19; regulação de pacientes; transporte de paciente com o Samu em casos graves que seja necessário o acompanhamento médico.

O mesmo profissional também é responsável por auxiliar no centro cirúrgico quando necessário; fazer a internação de paciente grávida para assistência ao parto; atenção ao parto; visita médica na puérpera e recém-nascido; além de todas as intercorrências do hospital e da maternidade.

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