O Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) passará a realizar, a partir deste mês, testes para detecção da variante Delta, após a chegada de um kit para identificação desta mutação.
Atualmente, os exames de sequenciamento genético – que servem para identificar qual é cepa em circulação – são realizados no Instituto Evandro Chagas em Belém/PA ou ainda no Laboratório Nacional de Computação Científica no Rio de Janeiro, em parceria com o laboratório Charles Merieux. Sobretudo, essa análise pode levar até três meses, de acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o que representa um desafio para rápida detecção da mutação.
A gerente técnica do Lacen, Janaína Mazaro, ressalta que todos os Lacens do país vão receber uma quantidade pequena deste kit, mas o fluxo das análises será definido junto com as chamadas unidades sentinela.
“O Ministério da Saúde está investindo para fornecer para todos os Lacens uma pequena quantidade de um kit que detecta a Delta (…) Esse kit eu utilizo nessas máquinas que tenho aqui [no Lacen]. É totalmente diferenciado, porque vai executar a PCR que detecta se tem Covid ou não e vai detectar a variante Delta, especificamente. Mas aí o que vamos fazer: todos os Lacens vão receber uma quantidade pequena, aí a gente vai armar qual vai ser o fluxo junto com as unidades sentinela, que são a UPA [Unidade de Pronto Atendimento], Into [Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia] e o PS [Pronto Socorro]”, destacou Janaína Mazaro, gerente técnica do Lacen.
Os exames realizados no Lacen para detecção da variante Delta não substituirão o envio de material para análise no Rio de Janeiro ou em Belém, mas irão contribuir para uma confirmação mais rápida quanto à chegada da mutação Delta ao Estado, quando houver suspeitas. No entanto, a análise só deverá ser feita após indicação da vigilância epidemiológica.
“A gente não tem suspeita de variante Delta no Acre até o momento. Quem vai direcionar pra mim qual a suspeita de variante Delta é o médico e a Vigilância Epidemiológica. O Lacen precisa ser direcionado, por isso a importância dessa comunicação entre médico e Vigilância Epidemiológica dentro das unidades de saúde”, finalizou Janaína Mazaro.
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