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Vereadora Michele Melo relata mais uma denúncia de servidora que teria sido assediada por Frank Lima

Durante o grande expediente, na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (31), a vereadora Michelle Melo (PDT) subiu à tribuna para voltar a se pronunciar sobre as denúncias de assédio sexual contra o secretário municipal de Saúde, Frank Lima.

“Numa das denúncias que recebi, e vou preservar a identidade da denunciante para que não seja mais retaliada do que já está, a mulher relatou que estava relacionada para ser demitida da Secretaria Municipal de Saúde e diz na mensagem: ‘fiquei desesperada porque tinha muitas contas para pagar e perguntei ao secretário se tinha algo que poderia fazer e ele disse que sim, tinha, que eu almoçasse com ele e se fosse para a cama ele mudaria a minha situação'”, leu a vereadora informando que não iria detalhar, para manter a denúncia anônima.

A fala de Michelle Melo acontece no momento em que a Câmara debate a admissibilidade da representação impetrada pela advogada Joana D’arc, que pede abertura de processo de impeachment do prefeito Tião Bocalom devido sua conduta mediante as acusações de prática de assédio sexual de servidoras supostamente praticadas pelo secretário Frank Lima.

“O que está em pauta não é se o prefeito é honesto e trabalhador, mas seu comportamento mediante as denúncias. É o não afastamento do secretário acusado e investigado pela prática de um crime previsto no Código Penal, porque assédio sexual é crime previsto em lei. O que estamos discutindo é a ação de coleguismo do prefeito protegendo seu amigo. Não é politicagem, nem perseguição política e agora com a recomendação do MPAC, quero ver se vão continuar dizendo isso.”, destacou a vereadora, mencionando o documento do Ministério Público do Acre, publicado nesta terça-feira, que recomenda ao prefeito o afastamento do secretário e mais dois servidores pelo período de 60 dias, durante o transcorrer das investigações.

Nas redes sociais, Michele Melo declarou que votará a favor da abertura do processo de impeachment. A votação ocorre neste momento.

A Gazeta do Acre: