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Após mandado de busca, Polícia Civil investiga indícios de atos ilícitos na compra de marmitas pelo Iapen

Início das investigações foi divulgado em coletiva na manhã desta terça-feira,10. (Foto: Polícia Civil)

A relação entre a quantidade de marmitas pagas e as consumidas no sistema carcerário de Rio Branco será investigada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção. O início das investigações foi divulgada em uma coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira,10, após cumprimento de mandado de busca e apreensão na sede do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen).

Com mais de 3.500 presos na cidade de Rio Branco, a suspeita é de que estejam sendo adquiridas mais marmitas do que a quantidade necessária. “Existem alguns indícios que demandam a investigação, mas ainda não tem nada comprovado. A investigação busca comprovar ou não a existência de possíveis atos ilícitos na administração da alimentação dos reeducandos. Para saber se o que efetivamente se paga, em termos de alimentação, é o que efetivamente se consome”, explica o delegado geral de Polícia Civil, Josemar Portes.

O delegado destaca que cerca de 240 mil marmitas devem ser fornecidas por mês, configurando este como um dos maiores contratos do órgão. O presidente do Iapen, Arleninlson Cunha também esteve presente na coletiva e reforçou a complexidade do serviço, visto que o alteração do número carcerário é quase que diária.

“Estamos fornecendo as informações aos órgãos. É de interesse do Iapen colocar todos os contratos a limpo. Assumimos a coordenação há um ano e quatro meses e algumas dessas empresas nem tem mais contratos firmados com o Instituto”, afirma Cunha.

Uma nova empresa venceu processo licitatório para fornecer a comida neste ano de 2021, ficando no lugar de outra que chegou a ter um contrato por quase dez anos. O valor da unidade de cada refeição está saindo por R$5,97.

As marmitas adquiridas contemplam as três refeições diárias (café, almoço e janta) e são fornecidas para os 3.500 detentos do presídio Francisco de Oliveira Conde, além dos presos no Batalhão de Operações Policiais (Bope) e da Delegacia de Flagrantes (Defla).

Foram apreendidos materiais na sede administrativa do Iapen e em um escritório localizado dentro da penitenciária. Tudo será analisado e submetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. O delegado não informou em quanto tempo será divulgada a conclusão das análises.

“Temos que apurar todas e eventuais denúncias que surgirem e demos cumprimento às ordens judiciais; o material arrecadado será analisado, submetido ao MP, ao poder judiciário e num futuro próximo chegaremos a uma conclusão”, destacou.

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Agnes Cavalcante: