Dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a população do Acre aumentou 1,4% e chegou a 906.876 habitantes em 2021. No ano anterior, a estimativa era de 894.470 mil habitantes. Os dados foram publicados do Diário da União (DOU), e não levam em consideração os efeitos da pandemia de coronavírus.
A capital Rio Branco continua sendo a mais populosa com 419.452, seguida de Cruzeiro do Sul, com 89.760 habitantes, e a terceira, Sena Madureira, com 47.168. Por outro lado, Santa Rosa do Purus tem a menor população do Acre, com 6.893 habitantes.
Com esses números, o Acre tem a terceira menor população do país, de acordo com os dados do IBGE, ficando à frente apenas de Roraima, com população de 652.713 e Amapá com 877.613 habitantes.
Entre o ano de 2020 e 2021, o município que teve maior variação do crescimento no Acre foi a cidade de Marechal Thaumaturgo, com variação percentual de 2,2%, e com o menor crescimento a aparece Feijó com 0,3%.
O estudo possui informações de todos os 5.570 municípios brasileiros e aponta que a população brasileira chegou a 213,3 milhões de pessoas em 1º de julho. Além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos, o levantamento é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Efeitos da pandemia
Segundo informaçoes da Agência Brasil, embora as estimativas populacionais realizadas pelo IBGE não incorporem os efeitos da pandemia, o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, informou que dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes, principalmente entre idosos, e uma diminuição dos nascimentos.
Para ele, além disso, podem ter ocorrido alterações nos fluxos migratórios. “As implicações disso no tamanho da população, contudo, serão verificadas a partir do próximo Censo Demográfico”, completou.
Segundo o gerente, a pandemia ainda não acabou e, por isso, faltam informações que impedem a incorporação dos efeitos desse momento na projeção da população. “Como a pandemia ainda está em curso e devido à ausência de novos dados a respeito da migração, que juntamente com a mortalidade e fecundidade constituem as chamadas componentes da dinâmica demográfica, ainda não foi elaborada uma projeção da população para os estados e o Distrito Federal que incorpore os efeitos do contexto sanitário atual na população”, observou.
De acordo com Minamiguchi, o Censo de 2022 vai mostrar esse impacto. “O próximo Censo Demográfico, que será realizado em 2022, trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população, não somente no curto, mas também no médio e longo prazo”, concluiu.