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Maioria dos deputados federais do Acre sofre derrota em votação da PEC do Voto Impresso

Maioria dos deputados federais do Acre sofre derrota em votação da PEC do Voto Impresso

Favorável ao voto impresso, a maioria da bancada de deputados federais do Acre foi derrotada na Câmara Federal, junto com o presidente Jair Bolsonaro com a rejeição da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 135/19, chamada de PEC do Voto Impresso, que, como disse o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), “já deu o que tinha que dar e está sepultada”.

Submetida à apreciação do plenário, nesta terça-feira (10), mesmo depois de ser rejeitada na comissão especial, a PEC teve 229 a favor, 218 contra. Para passar no primeiro turno, a matéria precisava de pelo menos 308 votos. 64 deputados, entre os quais o deputado federal da bancada do Acre, Flaviano Melo (MDB, não votaram, e acabaram contribuindo para a derrota da proposta defendida por Bolsonaro.

“Teve um problema na votação. Travou e alguns deputados não conseguiram votar. Como falei, meu voto seria contra ao voto impresso.”, reafirmou Flaviano, indagado pela reportagem do site A Gazeta do Acre.

Dos demais deputados federais da bancada do  Acre, somente Perpétua Almeida (PC do B) e Léo de Brito (PT) votaram “não” à PEC.

Já a maioria, votou a favor: Alan Rick (DEM), Vanda Milani (SDD), Jéssica Sales (MDB), Mara Rocha (PSDB) e Jesus Sérgio (PDT).

Desde 1996, o sistema eleitoral brasileiro é baseado em urnas eletrônicas. A polêmica do voto impresso e auditável, que divide opiniões em todo o país, entrou em pauta depois que o presidente Bolsonaro começou a falar publicamente em fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica, mesmo sem apresentar provas. 

A PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), pretendia que, já nas próximas eleições de 2022, todas as urnas disponíveis nas seções eleitorais tivessem outro equipamento para imprimir o voto digitado, que seria guardado como um comprovante físico que pudesse ser conferido pelo eleitor ao votar em eleições, plebiscitos e referendos.

Para a apuração do resultado, a contagem dos votos seria feita de forma manual pelos mesários se fosse diferente do registrado na urna eletrônica, valeria o voto em papel.

Com a rejeição pela Câmara Federal a proposta foi arquivada.

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