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Brasil na dinâmica da subtração

Não sou especialista em economia, mas qualquer leigo percebe o aprofundamento da crise em todo o país e as declarações nada simpáticas do Ministro da Economia Paulo Guedes, tais como, “gasolina não tem que ser para todos. Pobre de carro atrapalha o trânsito,” tem provocado uma nuvem de fumaça nas informações que dizem respeito à dinâmica real da economia brasileira.

Infelizmente os indicadores tendem a piorar a cada dia e a maioria da população está sentindo os efeitos no bolso, de modo contundente, se intensificando a olhos vistos desde que a pandemia começou. É um esforço hercúleo buscar o milagre da sobrevivência a cada mês com o crescimento exorbitante dos preços dos produtos que compõem sua básica cesta de consumo. Além de terem sua renda tão reduzida em função do desemprego e da informalidade no mercado de trabalho. O pior é que os setores da base da nossa pirâmide da desigualdade não vislumbram alternativas de superação da profundidade da crise que atravessamos.

O que nos leva a certeza que o único passaporte que deveria ser obrigatório na sociedade é o da educação através da história, pois com ela aprendemos a despertar nossa consciência, aprendemos a abolir todas as formas de divisões, aprendemos a nos defender de qualquer forma de escravidão. Quem não aproveitou esse período para a prática da não-ação, e da reflexão, perdeu provavelmente a única chance desse tipo que teria, em toda sua vida.

 

Beth Passos

Jornalista

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