Cerca de 20,9 % dos adolescentes acreanos de 13 a 17 anos de idade já consumiram bebida alcóolica, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). A pesquisa, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), foi realizada em 2019 e divulgada em setembro desde ano.
No Acre, 4.687 adolescentes, de 97 escolas públicas e particulares, foram entrevistados. O estudo busca investigar fatores de risco e proteção à saúde dos adolescentes brasileiros. Em todo o país, foram entrevistados alunos do 7° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio. No total, a pesquisa ouviu 11,8 milhões de adolescentes.
Quando questionados sobre drogas ilíticas (maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança-perfume, ecstasy,etc), 12,5% dos adolescentes acreanos afirmaram ter experimentado alguma dessas drogas pelo menos uma vez na vida. O questionário apresenta ainda um dado interessante sobre estudantes que já presenciaram amigos consumindo drogas ilícitas.
18,9% dos estudantes de escolas públicas acreanas afirmaram que já presenciaram amigos usando drogas ilícitas em sua presença, pelo menos nos últimos 30 dias antes da realização da pesquisa. No caso dos alunos das escolas particulares esse número cai para 8,8%.
Com relação ao uso de bebida alcóolica, que é proibido até os 18 anos de idade, a média nacional de escolares que já haviam ingerido uma dose de bebida alcoólica, em 2019, é de 63,3%. Santa Catarina é o estado com maior média, com 401,4%.
O estudo apresenta também dados sobre iniciação sexual e abuso sexual. Os resultados revelaram que mais de 20% das adolescentes de 13 a 17 anos disse já ter sido tocada, manipulada, beijada ou ter tido partes do corpo expostas contra a sua vontade.
Entre os principais autores, namorado ou namorada são os principais (26,1%), seguido por outros familiares (22,4%), pessoa desconhecida (19,2%) e amigo (17,7%).
Além disso, em 2019, 35,4% dos estudantes informaram já ter tido relação sexual, uma queda de 2,1 pontos percentuais em relação a 2015 (37,5%). Na rede pública, esse percentual (37,5%) foi mais alto do que na rede privada (23,1%).
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