A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Rio Branco realizou sua segunda sessão de trabalho na tarde desta terça-feira, 28, começando pelas primeiras oitivas elencadas pelos vereadores, com o objetivo de obterem informações técnicas especializadas em relação à atividade do transporte público que opera na Capital.
Foram convidados e compareceram ao plenário da Câmara Municipal, os engenheiros civis Ricardo Torres e Roberto Feres e o servidor da Superintendência de Trânsito de Rio Branco (RBTrans), Diego de Farias. Cada um falou cerca de 40 minutos entre exposição inicial e respondendo às perguntas dos vereadores.
“Ouvimos os especialistas porque queremos que essa CPI seja uma CPI técnica, sem viés político, então quisemos começar as oitivas com essa parte de especialistas para que a gente converse sobre o tecnicismo no transporte público, saber a história, como chegou até aqui, o que aconteceu, o que pode melhorar, quais as soluções cabíveis se de fato a solução que temos é estar fazendo repasses às empresas, se há outras formas de fazer. E essas pessoas, além de especialistas, estiveram trabalhando na gestão da RBTrans, então são pessoas que podem trazer muita luz técnica a esse assunto para que não esteja aqui procurando culpados, mas soluções para o problema.”, disse a presidente da CPI, vereadora Michelle Melo (PDT).
Além dela, os vereadores: Fábio Araújo (PDT), que é vice-presidente da CPI; Emerson Jarude (MDB) e Lene Petecão (PSD) participaram da condução os trabalhos.
Dentre os principais pontos que são objeto de investigação da CPI, foram abordados: a questão da tarifa, como foi feito o cálculo tarifário, porque a situação se encontra como está atualmente e porque as empresas não pagando os trabalhadores,
Após as oitivas desta sessão, novos requerimentos foram votados para outras oitivas na próxima sessão ao diretor atual da RbTrans, Anízio Alcântara; ao presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos do Acre (Sindcol), Aluízio Abade; e ao presidente da União de Moradores das Associações de Rio Branco (Umarb), Jorge Wendeson Vieira Cavalcante.
“Este último virá representando a população, para dizer sobre o que estão passando, como está o transporte coletivo dentro dos bairros. Acredito que trazendo esses três atores, a gente conversa sobre o usuário, as empresas e sobre a gestão e daí já poderemos ter um caminho bem maior para explorar nessa CPI.”, justificou Michelle Melo.
A CPI também analisará documentos e não está descartada a convocação do atual prefeito da capital, Tião Bocalom, e dos ex-prefeitos de Rio Branco. “Pedimos ao RbTrans todos os documentos comprobatórios de todos os aportes realizados desde 2004. Eu espero que esse material chegue e, conforme análise, se houver necessidade de escutar a gestão, as empresas qualquer envolvido nesses processos licitatórios e de repasse convocaremos sim para trazer luz ao tema.”, concluiu a vereadora.