Dos 22 municípios acreanos, ao menos dez estão em estado de alerta máximo, em decorrência de um surto de diarréia. Conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), os municípios em que os casos mais aumentaram entre janeiro e início de setembro são: Acrelândia, Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves, Sena Madureira e Tarauacá.
O número de casos de diarréia aumentou 28,1% no Acre, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), considerando o período de 03/01/2021 à 11/09/2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os casos já afetam cerca de duas mil pessoas no Vale do Juruá e são investigados pelas autoridades de saúde. Além disso, os óbitos de duas crianças também são investigados. Uma das mortes ocorreu no dia 1 de setembro no Hospital Geral de Feijó e outra no dia 9 de setembro no Hospital Sansão Gomes, em Tarauacá.
Equipes dos governos estadual, federal e municipais se uniram para traçar estratégias de redução e detecção de possíveis causas da doença. Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá e Marechal Thaumaturgo são os que apresentaram maior incidência da doença, no período epidemiológico que data entre 11 de Julho a 4 de setembro.
“Diante da situação, pedimos apoio do Ministério da Saúde, que veio nos apresentar propostas de identificação das causas do surto e juntos vamos discutir uma forma de controlar esse mal. A gente sabe que, quando há essa união de esforços entre os poderes, conseguimos êxito nas ações. Estamos avançando na investigação e, além do apoio do Ministério da Saúde, contamos também com CIEVS, e Determinantes Ambientais, para tentar descobrir a causa do surto. Será aplicada uma pesquisa pelos profissionais do EPISUS/MS.”, ponderou Gabriel Mesquita, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.
Entre as estratégias apresentadas pelos técnicos do MS, estão os estudos de caso, que serão realizados em famílias de acometidos pela enfermidade em Cruzeiro do Sul, e têm como objetivo identificar, por meio de questionário, as razões epidemiológicas, ambientais e laboratoriais da doença no município. Em Tarauacá e Feijó as equipes optaram por realizar avaliações nos óbitos acarretados pelo problema e serão realizadas visitas para instruir os gestores de saúde.
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