Com objetivo de sensibilizar os vereadores e pedir o cumprimento da Lei Municipal Nº 2.275, de 10 de janeiro de 2018, que dispõe sobre diretrizes para a conscientização da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) e dá outras providências, participaram do espaço Tribuna Popular, na Câmara Municipal, nesta quinta-feira, 9, o autor da lei, ex-vereador Rodrigo Forneck, e a presidente da Associação dos Portadores da Saf, Cleísa Brasil.
O debate foi proposto pela vereadora Michelle Melo (PDT). Segundo ela, as leis que são aprovadas no Parlamento mirim e sancionadas pelo Poder Executivo tem quer ser cumpridas.
“Essa Lei que foi aqui votada por essa Casa. Em vários estabelecimentos, o que diz a lei deveria estar acontecendo. Deveria haver trabalho sobre a prevenção e o que se pode fazer e nós não vemos isso acontecer. A própria secretária de saúde também deveria estar levantando essa bandeira. Temos que cobrar que as leis que a gente promove aqui nessa Casa de fato aconteçam’’, asseverou a vereadora.
A conscientização, segundo os especialistas, é a melhor saída para evitar a incidência da Síndrome Alcóolica Fetal (Saf), que engloba uma série de deficiências na criança e ocorre quando a mãe consome álcool durante a gestação. De acordo com o diagnosticado em vários casos, essa condição pode causar danos cerebrais e problemas de crescimento que não podem ser revertidos.
Mãe adotiva de uma criança de 11 anos com Saf, a agrônoma Cleísa Brasil representa o grupo da família SAF Brasil, composto por famílias de vários estados brasileiros que tem filhos com a síndrome alcoólica fetal. Ela deu seu próprio testemunho e destacou a importância de que a informação seja compartilhada no intuito de se evitar que mais crianças nasçam com o problema.
“Não existe quantidade segura de álcool para o bêbe durante a gravidez. Nós só podemos prevenir a Saf por meio da informação. É importante alertar as mães que nenhuma gota de álcool pode ser ingerida durante a gestação”, alertou.
Rodrigo Forneck, acrescentou que a Lei foi criada para possibilitar à mãe a realização de um pré-natal com a inclusão de um diagnóstico adequado para a síndrome alcoólica fetal. “Precisamos ligar os holofotes para esse tema, falar para a sociedade sobre essa problemática para que as pessoas reflitam em relação ao consumo do álcool. Não tem problema em consumir o álcool, mas quando você tem uma criança ali dentro é uma responsabilidade da mãe e do pai fazer com que a mãe não consuma bebida alcoólica porque vai afetar a criança.’’, ressaltou.
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