Começou no último dia 8 e vai até 15 de setembro o 1º Festival Acreano de Contação de Histórias, que visa promover a reflexão, a criação e a troca de experiências, propiciando o contato com o livro, a leitura e a arte de contar e ouvir histórias, de forma a inspirar outras ações culturais, educativas ou sociais. Clique aqui para acessar a programação completa.
A ação é realizada pelo Teatro GPT, e considera a importância da oralidade na dinâmica cultural, bem como na transmissão de saberes e fazeres tradicionais locais entre as gerações acreanas.
“Uma das tradições que facilmente detectamos na cultura acreana é a oralidade. As rodas de conversa são comuns entre a população: nas aldeias, nos seringais, na cozinha, na calçada da frente de casa, nos quintais, na varanda do vizinho, no mercado, na praça, na rua… Então, mesmo que as linguagens escrita e digital, hoje, se mostrem quase que “dominantes”, a oralidade foi e ainda é parte fundamental da maneira de ser do acreano”, comenta Marilia Bomfim, presidente do Teatro GPT e uma das idealizadoras do festival.
O festival, viabilizado através de recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, através do edital 07/2020, disponibilizado pela Fundação Elias Mansour, acontecerá em consonância com a Semana Estadual do Livro e do Incentivo à Leitura e à Escrita, promovida pelo Governo do Acre, estabelecendo parceria com as bibliotecas estadual e municipal.
Entre as atividades previstas, constam rodas e uma maratona de contação de histórias e brinquedos cantados, lançamento do livro infantil “O Urubu e o Jabuti”, da autora acreana Marilia Bomfim, e uma oficina de formação, reunindo profissionais e amantes da arte de contar histórias.
“Depois de um longo período fechada ao público por conta da pandemia da Covid -19, a Biblioteca Pública Estadual foi reaberta com uma programação intensa voltada ao incentivo à leitura, com dois importantes eventos acontecendo. Eu estou muito feliz, como contadora de histórias, em ver que estamos avançando nessa pauta do incentivo à leitura e à oralidade, tão necessárias, realizando atividades onde a população rio-branquense poderá alimentar o seu espírito com a literatura e com as histórias”, comenta Tânia Macoli, contadora de histórias e servidora da Biblioteca Pública Estadual.