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Comissão do Ipea vem ao Acre estudar viabilidade da Rota Interoceânica que passa pela BR-317

Uma comissão do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) chega ao Acre, na próxima segunda-feira,18, para estudar e testar a viabilidade da Rota Interoceânica, que deve criar outra ligação do Acre com o Peru, pela BR-317. Um requerimento foi apresentado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para que a comissão participe de um debate e possa apresentar os dados e análise do estudo aos parlamentares.

O documento foi apresentado pelo deputado estadual Daniel Zen, do PT-AC, que defende o debate acerca da construção da estrada que vai passar pela cidade de Cruzeiro do Sul, cortando a Serra do Divisor. A situação foi tema de uma audiência da Aleac, realizada recentemente no município, e está sendo defendida pela Projeto de Lei 6.024/2019 da deputada federal Mara Rocha. A construção tem dividido opiniões da população e de políticos.

Daniel Zen destaca que já existe uma estrada, na BR-317, que faz essa ligação entre Acre e o Peru, a qual carece de cuidados e atenção pública. “Eu acho que se estamos debatendo a viabilidade da construção de uma estrada em Cruzeiro do Sul com destino a Pucallpa, nós temos que cuidar também dessa outra ligação que também existe, que já está pavimentada, que tem fluxo de comércio, que tem operadores da área de transporte internacional trabalhando nela, tem empresa transportadora, tem fluxo de passageiros com ônibus, tem tudo isso, a gente precisa otimizar” critica.

Daniel Zen propõe debate a partir do estudo que será realizado pelo Ipea.

O deputado afirmou que a estrada que passa pelos municípios de Capixaba, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil, é responsável por cerca de 90% de todo fluxo de comércio internacional terrestre do estado do Acre. Para Zen, um dos problemas da estrada é a ausência de funcionários efetivos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Nós temos o serviço de aduana, da receita federal e o serviço de imigração da polícia federal. Mas junto a aduana da receita, nós não temos funcionários efetivos em caráter permanente, o que impossibilita por exemplo o fluxo continuo de itens perecíveis, alimentos. A exportação de alimentos hoje, é um problema”, afirma.

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Daniel Scarcello: