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Devoto de Nossa Senhora, casal batiza as três filhas como ‘Maria Aparecida’, após receber milagre da vida

Dirceu e Inara nunca perderam a fé. Agora, eles colhem os frutos de suas orações (Foto: Arquivo pessoal)

Neste 12 de outubro é comemorado o Dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira no Brasil. Uma data que representa fé e devoção, e que, para o casal Inara Gouveia Jardim e Dirceu Maia Lima, tem um significado ainda mais especial, porque foi para a Santa que eles rezaram e pediram o maior milagre de suas vidas: o de se tornarem pais.

A bênção veio em dose tripla, mas a caminhada até a realização do sonho, que eles entregaram nas mãos de Nossa Senhora, não foi fácil. Tudo começou quando, após cerca de oito anos de casamento, eles decidiram aumentar a família. Foram dois anos e meio de tentativas frustradas, até que descobriram que tinham dificuldades de gerar filhos naturalmente.

“Fizemos acompanhamento com a Dra Thaysa, que nos indicou uma clínica de fertilização, em São Paulo. A primeira tentativa não deu certo, então, recebi um diagnóstico de trombofilia e passei a fazer uso de injeções, diariamente”, lembra Inara.

Ela, que sempre foi devota de Nossa Senhora Aparecida e tinha o sonho de ter duas filhas, conta que foi com o marido até o Santuário de Aparecida, no interior de São Paulo, pedir a intercessão divina. “Na segunda tentativa, engravidei da Maria Alice Aparecida e da Maria Luíza Aparecida”, comemora ela, que batizou seus dois primeiros milagres, as filhas gêmeas, em homenagem à Santa católica.

“Pedimos a intercessão de Nossa Mãe pela vinda das nossas meninas. Enquanto estávamos lá, só recebemos boas notícias, de que a fertilização estava dando certo, que os embriões tinham fecundado. Quando da colocação dos embriões em mim, senti uma dor e, no mesmo instante, senti a presença de Nossa Senhora me cobrindo com seu Manto Sagrado”, relata Inara.

Mesmo antes de saber que os bebês eram duas meninas, ela já tinha a certeza de que seus nomes teriam Maria no nome, “em honra a Nossa Mãe Santíssima”, e Aparecida, “em honra a minha Santa de devoção”. Em 12 de dezembro de 2018, no entanto, o casal passou por um susto, mas, ainda assim, não se abalou na fé.

Em 2019, Maria Alice Aparecida e Maria Luiza Aparecida foram batizadas no dia da Padroeira do Brasil (Foto: Arquivo pessoal)

“Fizemos a primeira ultrassom, tinham dois sacos gestacionais, mas só um tinha batimento e, devido a alterações que tinham dado no beta (exame de sangue), achávamos que um embrião não tinha resistido. No momento, me conformei. Com 15 dias, no dia 26 de dezembro de 2018, retornamos, e ainda havia dois sacos gestacionais. Ouvimos o coração de um e depois do outro, daquele que achávamos que não tinha resistido. Foi uma emoção muito grande, pois já estava certa de que seria apenas um bebê, mas eu e meu marido sempre tivemos o sonho de ter gêmeos, e o sonho foi realizado, e mais feliz ainda fiquei quando descobrimos, aos cinco meses, que seriam duas meninas”, relembra.

Durante a gravidez das gêmeas, Inara precisou ficar de repouso absoluto, em virtude da abertura do colo do útero, que oferecia grande risco à gestação.

“Passei dois meses e meio deitada, só levantava para ir ao banheiro, mas, em momento algum, me abati, pois, a felicidade de gerar minhas filhas era maior, e a fé de que tudo iria dar certo também. Com 36 semanas, fui submetida a uma cesárea. ‘Marias’ nasceram num domingo de manhã, Maria Alice Aparecida, com 3.100 e 51 cm, e Maria Luíza Aparecida, com 1.900 e 42 cm”, lembra Inara.

Maria Luiza nasceu ‘empelicada’, fato considerado raro na obstetrícia (Foto: Arquivo pessoal)

Além do próprio milagre da gestão das gêmeas, algo raro aconteceu. Maria Luiza Aparecida nasceu “empelicada”, ou seja, envolta pela bolsa amniótica que protege o bebê, emocionando ainda mais os pais, e também a equipe presente. O fato incomum é registrado, aproximadamente, uma vez a cada 80 mil nascimentos, uma vez que o saco gestacional estoura quando o bebê está prestes a nascer, inclusive em procedimentos como a cesárea. Após o parto, a bolsa é rompida pelo médico e a criança retirada.

Novo milagre

(Foto: Arquivo pessoal)

As gêmeas nasceram em 2019 e, em 12 de fevereiro de 2021, o casal foi abençoado com um novo milagre. “Meu diagnóstico era de que, devido à trombofilia, eu não conseguiria engravidar naturalmente. Porém, mais um milagre aconteceu. Dia 12 de fevereiro de 2021, descobri que estava grávida de novo”, conta a mãe das Marias, relatando que a nova gravidez também não foi nada fácil, porém, mais uma vez, vivendo um teste de fé, ela não se deixou abater.

“Aos três meses, tive uma infecção no rim e coloquei um cateter duplo. Passei a gravidez toda com ele, só irei tirar após o resguardo, e durante toda a gravidez, tive infecção urinária, fazendo uso de antibióticos, das injeções, mas a fé de que, ao final, tudo daria certo não faltou a mim, nem ao meu esposo. E o principal alimento da minha fé foi o amor das minhas filhas pela irmãzinha, desde o início da gravidez. Não se passou um dia em que eu não ganhasse um beijo ou abraço delas, na minha barriga, um dia que elas não falassem na irmã”, diz Inara.

Após o nascimento das gêmeas, o casal retornou ao Santuário de Aparecida, em São Paulo, para agradecer o milagre (Foto: Arquivo pessoal)

Hoje, o casal já está com a terceira filha nos braços. A terceira Maria da família, que chegou para iluminar ainda mais as suas vidas. Maria Clara Aparecida nasceu no dia 23 de setembro deste ano, com 3.810 e 51 cm de pura saúde.

“Agradecendo a toda a nossa rede de apoio, que também é providência divina, tia Danusia, vovó Naluh e vovô Cacalo, vovó Conceição, titias Mariana e Marília, titias Allana, Islaira, Thayara, tio Hulan, padrinhos Erivaldo e Elisângela, padrinhos Marcos e Daiane. Agradeço também ao meu obstetra Dr Elielson, a Sheley, minha doula, e a Allana, nossa fotógrafa. Que Deus e Nossa Senhora permaneçam sempre intercedendo por nossas vidas, guiando nossos caminhos, livrando-nos de todo o mal. Viva mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida, viva a Virgem imaculada, oh Senhora Aparecida”, finaliza Inara Gouveia.

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Agnes Cavalcante: