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No Memorial dos Autonomistas, exposição artística “Depois do Fim” questiona modelo de vida urbana

Uma reunião de artistas, cada qual hábil em uma linguagem distinta, apresenta algumas possibilidades de continuidade pós-fim. De 23 a 30 de outubro é realizada a exposição “Depois do Fim”, no Memorial dos Autonomistas, localizado na Avenida Getúlio Vargas, nº 309 – Centro, em Rio Branco. A entrada é gratuita e os interessados podem visitar o Memorial das 8h às 18h, durante os 8 dias de exposição. 

Através de instalações que envolvem diferentes linguagens e mídias, “Depois do Fim” traz à tona discussões contemporâneas e emergentes sobre o inchamento urbano, o abandono da floresta, a devastação da vida e o esvaziamento da alma. O projeto reúne obras dos artistas Antônio Alves, Fabiano Carvalho, Marina Byla, Natália Jung e Rosilene Nobre.  

A mostra, contemplada no edital de Arte e Patrimônio pela Fundação Elias Mansour, com recursos da Lei de Apoio à Cultura Aldir Blanc, será lançada nesta sexta-feira, 22, às 18h, em seu vernissage (encontro prévio à inauguração de uma mostra de arte). O evento contará, também, com a presença da Cooperativa Social de Saúde Mental Ciranda Samaúma, vendendo produtos artesanais de pacientes de saúde mental do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) Samaúma.

Foto: Divulgação

O cartaz do projeto traz a seguinte reflexão: “Lascados, consumidos e consumindo a ilusão de que ainda é possível vender um pouco de tempo, um pouco da alma, um pouco de sorte, um pouco de vida a um patrão sem nome e sem rosto, nos metemos em telas e nos esbaldamos a construir relações com algoritmos. Recebemos um tapa nas ventas que nos adoece sem que percebamos, mata nossos parentes, nos encarcera em nossos lares (para os que têm) e nos obriga a aceitarmos o fim. Aos sobreviventes cabe pensar: e agora, que faremos depois do fim?”.

“Queremos convidar as pessoas que gostam de fotografia, artes plásticas, poesia, arte em geral e o público para vir refletir sobre esse tempo que estamos vivendo, que alguns chamam até de fim dos tempos, e olhar nas imagens, nos objetos, nos textos que estamos expondo no Memorial dos Autonomistas, as reflexões e impressões que estamos tendo sobre a realidade atual. Trazer para as suas vidas aquilo que a gente puder colaborar neste trabalho”, declarou Antônio Alves, um dos expositores.
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