Com o aumento generalizado dos preços em todos os setores, fica cada vez mais difícil equilibrar as contas, mas, com o envolvimento de toda a família, esse desafio pode se tornar mais fácil de alcançar. É assim, incluindo todos os moradores de casa, inclusive as crianças, que a estudante de Química Andressa Souza, 23 anos, tem enfrentado a alta da inflação.
Um dos principais vilões, como todos têm sentido, é o aumento nas contas de energia elétrica, que foi instituído pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com a tarifa de escassez hídrica, em virtude da queda dos reservatórios de água no país. Com isso, Andressa destaca que a rotina em casa mudou ainda mais, pensando na economia deste recurso.
“Lá em casa é regra. Todo mundo tem que fazer sua parte, e todos sabem que, por exemplo, quando não estiver usando a televisão, ela tem que estar desligada. Da mesma forma, quando não tiver ninguém em determinado cômodo, a luz tem que estar apagada ou quando não tiver usando computador tem que estar fora da tomada. E as meninas são bem espertas, então eu passo pra elas o que tem que fazer e, quando elas esquecem, eu dou aquele puxãozinho de orelha, e elas voltam e apagam”, relata Andressa.
Além de contribuírem com a economia da energia em casa, as pequenas Maria Heloísa, 6 anos, e Helena, de 3, também atuam como “fiscais” em casa. “Elas brigam mesmo e chamam a atenção de quem deixa as luzes acesas, por exemplo”, diz a mãe.
Para incentivar a colaboração das meninas, Andressa procura incluir o aprendizado sobre educação financeira. “Primeiro de tudo, explico pra elas a importância de usar de forma inteligente os recursos que temos, e explico a importância de economizar, para que o dinheiro que a gente deixa de pagar pelas contas de energia, por exemplo, a gente possa usar em outras coisas. Eu uso a tática de ‘vamos economizar na energia, que sobra mais pro lanche’, e sempre funciona”, comemora Andressa.
Especialista aprova
As medidas adotadas por Andressa são aprovadas por Roberto Vieira Carvalho, gerente comercial da Energisa. Segundo ele, incluir todos os membros da família é importante para gerar mais consciência em todos os moradores. Além disso, ele destaca outras medidas importantes a serem adotadas.
“Nós precisamos, de fato, adotar um comportamento de redução de consumo e existem muitas ações simples do nosso dia-a-dia, que já contribuem muito com a redução de energia elétrica, por exemplo, a substituição das nossas lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED. É uma ação que, inicialmente, pode apresentar um custo alto na aquisição, mas ele será compensado ao longo do tempo, porque tem uma duração maior e um consumo de energia bem menor”, explica.
“Alguns hábitos, como apagar as lâmpadas quando não estiver utilizando, exceto aquelas que contribuem para a segurança das pessoas, mas, às vezes, em casa, os filhos saem dos ambientes e deixam as luzes acesas, então temos que ser muito cuidadosos, tentar manter as janelas abertas, aproveitando o máximo de luz natural possível, evitar o hábito de secar a roupas atrás da geladeira, às vezes as pessoas querem que as roupas sequem mais rápido, e acabam usando a parte de trás da geladeira. Isso faz com que o motor da geladeira funcione mais do que o necessário”, finaliza Roberto.