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Médica alerta para o aumento dos casos de obesidade infantil no Acre

No decorrer dos últimos três anos, a incidência de obesidade infantil no Acre vem aumentando, devido ao sedentarismo e aos erros alimentares, além da questão genética. A médica Catarina Souza, endocrinologista pediátrica que atua há cerca de 1 ano e meio na Fundação Hospitalar do Estado (Fundhacre), fala sobre a saúde das crianças e lista alguns dos fatores do sobrepeso na fase infantil e na adolescência.

Segundo a pediatra, o sedentarismo é um dos maiores fatores de risco, principalmente pelo tempo de tela que crianças e adolescentes passam ao utilizarem celular, computador, televisão e tablet. A média, hoje, de acordo com os interrogatórios realizados durante as consultas, é de 6 a 7 horas manuseando aparelhos eletrônicos. Com a pandemia, as crianças estão passando ainda mais tempo paradas, sem realizar atividades físicas.

“Durante a consulta, normalmente avaliamos os riscos que o paciente tem de evoluir doenças metabólicas como diabetes, resistência à insulina, alteração de colesterol e pressão alta, e orientamos o pai e a criança a melhorar a alimentação, introduzir atividade física e ajustar o sono, evitando complicações na saúde devido ao sobrepeso”, esclareceu Catarina.

Dra. Catarina alerta que o sedentarismo é um dos maiores fatores de risco, principalmente pelo tempo que as crianças e adolescentes passam nas “telas”, atualmente

A médica explica que o que é mais observado em questão de erros alimentares é o acesso a produtos industrializados e o consumo exagerado de doces. De acordo com ela, crianças estão tendo contato com industrializados cada vez mais cedo, aumentando o risco de obesidade antes dos 5 anos de idade. Estímulos ambientais, como a própria escola, também dificultam uma boa alimentação.

Formas de evitar a obesidade infantil

Catarina ressalta a importância de os pais saberem identificar quando seus filhos estão passando dos limites do sobrepeso e a necessidade de se encaminhar a uma consulta com pediatras e profissionais da área de nutrição, a fim de fazer uma avaliação mais completa sobre a saúde dos filhos. Ela pede para lembrarem de como eram suas infâncias, na qual eles brincavam mais, comiam com mais qualidade, tinham um aproveitamento melhor e mais adequado, e assim, havia uma incidência menor de obesidade. 

“Dessa forma, esperamos que as crianças de hoje em dia tenham essa mesma infância, desestimulando o tempo de tela, estimulando a atividade física e a alimentação saudável, envolvendo a família inteira para dar o apoio necessário. Os pais são os pilares da criança e devem ajudá-la a ter um bom desenvolvimento, evitando, assim, doenças crônicas e o aumento do sobrepeso e obesidade”, finalizou a médica.

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Daniel Scarcello: