O advogado Erick Venâncio, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC), pré-candidato à reeleição e membro do movimento “Bora Unida, OAB”, concedeu uma entrevista, nesta terça-feira, 19, aos jornalistas Brenna Amâncio e Tiago Martinello, no Jornal Gazeta 93, da Rádio Gazeta FM, para falar sobre as eleições que irão definir a nova diretoria da instituição pelo próximo triênio, que ocorrerão no dia 19 de novembro. Na segunda-feira, 18, o programa recebeu o outro pré-candidato na disputa, Rodrigo Aiache.
Venâncio aproveitou a oportunidade para falar sobre os trabalhos realizados durante os dois anos e meio de sua gestão e dar diretrizes sobre as ações que ainda pretende realizar, caso sua chapa seja reeleita. O movimento “Bora Unida, OAB” é, segundo ele, “algo pensado para construir novas propostas, novas ações e novos projetos para o futuro da advocacia do Acre”.
Para o atual presidente da seccional Acre, tem sido extremamente gratificante a receptividade nas visitas que o grupo faz e nas conversas travadas, porque só debatem do ponto de vista do trabalho a ser realizado. “Não estamos aqui para discutir pessoas, mas para discutir nossa advocacia e o melhor para nossa instituição, que é histórica e quase secular”, complementou.
“Pelos últimos quase três anos em que tive a honra de ser presidente da OAB do Acre, fizemos muito, construímos muito, mas ainda temos muito a entregar aos advogados e advogadas. Todo mundo erra, e acho que essa é a oportunidade de reavaliarmos o que fizemos de errado e o que deixamos de fazer, para que possamos continuar ampliando todas as ações que a OAB tem oferecido para a advocacia”, disse o pré-candidato.
Aliando o atual e o novo
Para Venâncio, renovação é renovar ideias, projetos e ações, e não trocar uma pessoa pela outra. “Tivemos uma gestão complicada, abalada pela pandemia, mas isso não foi desculpa para que não trabalhássemos”, afirmou ele. Entre as ações realizadas durante o período de pandemia, ele cita as centrais de alvarás, de T.I, e a de prazos processuais, a estruturação de parlatórios no sistema prisional do Acre, a distribuição de vacinas de H1N1 e a testagem em massa para Covid-19, com o apoio da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAAC), presidida por Thiago Poersch.
O pré-candidato frisa que não deve focar no passado, no momento de eleição, mas sim deve ampliar essas conquistas, visando o futuro. “Quem tem todo esse trabalho pode apresentá-lo e pode pleitear mais uma chance de continuar a conduzir a advocacia”, destacou ele.
Erick constata que, atualmente, há quase quatro mil advogados ativos no Acre e não há mercado para todos. Sua proposta é tentar adequar a quantidade de advogados existente no mercado saturado, facilitando seu dia a dia e como ele trabalha, e criando novas oportunidades. “Queremos trabalhar gestão, empreendedorismo e inovação na advocacia. A gestão de um escritório é algo extremamente importante, que as faculdades não ensinam. Aliado a isso, temos que buscar também novos mercados para os advogados e advogadas”, explica.
Como tem sido o momento de debate
“Falamos aqui das nossas propostas, mas também queremos ouvir críticas, queremos saber onde estamos errando. É muito fácil aparecer em período eleitoral, com diversas soluções que serão supostamente implementadas com um estalar de dedos, mas as coisas não são bem assim. Há coisas muito complexas a resolver, que não dependem só da OAB. Porém, naquilo que podemos atuar, estaremos atuando. Temos um mantra que é não permitir que boas ideias fiquem esperando para serem apresentadas em período eleitoral”, argumentou ele.
“Para buscarmos o melhor para a classe, é fundamental estarmos unidos. Da nossa parte, não há agressão, não há ofensa, jamais partiremos para o campo pessoal. Ouvi, esses dias, que há um abismo entre a instituição e os advogados, e o que vemos, na verdade, é um abismo entre o discurso deles e a prática. Infelizmente, se prega uma campanha limpa, mas há muita agressão. O advogado não tem tempo pra ver brigas, ele quer ver soluções”, finalizou Erick.