Convidado a participar da reunião da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta terça-feira, 19, o presidente do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, economista Orlando Sabino, disse que o Estado tem capacidade de contrair o empréstimo de U$ 41 milhões com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) da Bolívia.
Tramita no Legislativo, com previsão de ser votado em plenário, nesta quarta-feira, 20, Projeto de (PL) de autoria do governo do Estado, que pede autorização da efetivação da operação financeira, que, em moeda nacional, equivale a cerca de R$ 225 milhões a serem destinados, de acordo com a justificativa da matéria, à execução de estudos técnicos e obras estruturantes em vários setores.
Orlando Sabino fundamentou-se no último relatório do quadrimestre fiscal do Estado, divulgado em setembro, segundo o qual a dívida líquida atual gira em torno de R$ 2,4 bilhões, o correspondente a 38% da receita corrente líquida, e até R$ 12 bilhões para novas contratações.
“Do ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Estado tem a capacidade de endividamento, mas dos R$ 700 milhões previstos no orçamento estadual para este ano, o Estado executou pouco mais de R$ 130 milhões e a preocupação é porque recurso tem e não pode ficar parado.”, observou.
A respeito da financeira boliviana, Sabino disse que pesquisou sobre a solidez da instituição. “Eu desconhecia a Fonplata, mas pesquisei e parece ser séria com movimentações financeiras sólidas, com investimentos no Brasil, que é o terceiro que investe neste fundo, cujo objetivo é atender países de Fronteira e Estados, como é o caso do Acre. ”, pontuou.
Leia também: “No mínimo, estranho”, diz Roberto Duarte sobre proposta do governo de contrair empréstimo com operadora boliviana