O primeiro médico a chegar no local do acidente aéreo que resultou na morte de Marília Mendonça e outras quatros pessoas, Kleyton Carvalho contou que era impossível que alguém tivesse sobrevivido após a queda.
Em entrevista ao BandNews TV, o diretor técnico do Samu classificou esta operação de resgate como “uma das mais difíceis” a sua carreira. Kleyton afirmou que, apesar do avião parecer “preservado” por fora, por dentro o cenário era diferente.
“Pelo que estava dentro da aeronave, pela situação que eu me deparei dentro da aeronave, é quase impossível estar com vida. A aeronave estava bastante danificada, bastante quebrada, tinha pertences, malas sobre as vítimas”, disse ele.
“Quando cheguei ao local, é um local de muito difícil acesso, uma coisa que chamava bastante atenção também era a quantidade de combustível. Era muito combustível no local e sem contar também que não sabíamos se a aeronave ia cair ou não sobre a cachoeira, né? É um dos atendimentos, se não for atendimento mais complicado que realizei até hoje”, explicou.
O médico explicou que a causa da mortes foi provavelmente politraumatismo, por causa do impacto. Ele contou que Marília estava próximo à poltrona quando ele chegou ao local.
“Prontamente, já verifiquei todos os sinais vitais para ver se contava com vida, que essa era a nossa esperança, né? Era só isso que nós queríamos naquele momento. Mas assim: provavelmente a causa da morte realmente foi politraumatismo, não se sabe como que foi e o que causou. Acho que só a perícia e a investigação vão nos detalhar e vai explicar a causa da do acidente”, finalizou.