A poesia intitulada “Seus olhos”, de autoria do poeta acreano Cláudio Porfiro, garantiu ao escritor seu lugar entre os 60 melhores autores de todo o país e os 10 melhores da região Norte, na 3ª edição do Prêmio Literário Afeigraf 2021, promovido pela Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfic e pela editora Scortecci.
Poeta, romancista, palestrante, empreendedor social e apaixonado pelo Acre, Porfiro é autor de O Inverno dos Anjos do Sol Poente e Dois Raios de Sol e Meio Palmo de Lua e se dedica agora à escrita do romance Eternamente, ou nunca mais. O escritor também contribui com crônicas e poesias, em uma coluna semanal no site A Gazeta do Acre.
“A gente, como acreano, filho de família humilde, eu venho de Xapuri, sou do colégio histórico Divina Providência, e, pra mim, é algo fora de série, apesar dos meus livros já terem alcançado até a Europa [em países como] Portugal, França (…), esse prêmio veio a calhar. É muito bom, porque se trata da maior editora do Brasil, que é a editora Scortecci”, declarou.
Natural de Xapuri, Porfiro se inspira em sua cidade e em seu Estado para escrever suas obras. “A minha cidade e o Acre me inspiram muito. Tudo aqui no Acre é muito interessante, até porque a nossa história aconteceu outro dia, ainda estamos acenando para a nossa história, porque os nossos avós lutaram na guerra, nossas famílias fazem parte da história do Acre, isso torna tudo muito interessante”, conta ele.
Além dos novos trabalhos, o escritor também elabora uma antologia poética com seus melhores poemas, escritos desde 1989. Quase Te Amo está em fase de edição.
A premiação da 3ª edição do Prêmio Literário Afeigraf 2021, este ano, será transmitida online por meio da plataforma Zoom, no dia 24 de novembro, a partir das 19h30. Os autores vencedores serão publicados em antologia, ou seja, conjunto formado por diversas obras. Além de cinco exemplares da obra, cada autor vencedor receberá um diploma de Honra ao Mérito Literário.
Leia, abaixo, o poema que garantiu a Claudio Porfiro sua premiação entre os melhores poetas do Brasil:
Seus olhos
Em noites dos dias que nos são permitidos, enfim,
Bordamos em palavras pálidas torres de marfim.
Voamos por nuvens voláteis ralas com o querubim.
Que olhos! Quero que os meus um dia sejam assim.
Há neles pitadas de amor, de leveza e brandura.
Para os meus males certamente seriam a cura.
Singeleza de uma alma hoje e cada vez mais pura.
Pepitas de jade incrustadas por ela em mim.
Nenhum outro humanopode ter visto o que vi.
Quão doces retinas me ofuscaram e eu senti.
Tanto amor e volúpia ascenderam, se bem li.
Tá explicado: foi por esses olhos que eu me excedi.