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Festival Afro-cultural tem início na capital; evento reforça a importância  das tradições e costumes da população negra

Festival Afro-cultural Cabeça de Nêga terá palestras com diversas temáticas,  espetáculos musicais, oficinas de dança e mostras de cinema. (Foto: Dell Pinheiro)

Com o objetivo de ressaltar a importância do legado africano na formação do povo brasileiro, além de promover o resgate de tradições e dos costumes da cultura negra no país, dentro de um contexto local, foi realizado nesta segunda-feira, 15, em Rio Branco, a abertura do Festival Afro-cultural Cabeça de Nêga. Com programação até o próximo sábado, 20, o evento terá palestras com diversas temáticas,  espetáculos musicais, oficinas de dança e mostras de cinema.

“O festival é uma proposta de ‘afrobetização’, celebrando à consciência negra que faz 50 anos em 2021. A iniciativa é para que a ação seja ampla para que todos possam participar. A luta antirracista, sobretudo, é uma luta de todos, e não somente dos pretos e das pretas, mas também das pessoas brancas. Precisamos falar sobre o racismo, principalmente sobre o racismo estrutural. Precisamos refletir e falar sobre o tema, que é importantíssimo”, destacou Camila Cabeça, idealizadora do projeto.

Festival foi aprovado pelo Governo do Estado , por meio da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour (FEM) / Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. (Foto: Dell Pinheiro)

O deputado federal Leo de Brito, que prestigiou a abertura do festival, disse que eventos como esse são muito importantes porque mobilizam as pessoas pela cultura e educação. “Esse é um tema que é muito relevante no Brasil, onde a maioria das pessoas são negras e sofrem descriminação. Essa iniciativa da Camila Cabeça, com o Movimento Negro Unificado , mostra tudo isso, que é trazer para a população a importância da consciência negra, celebrada no dia 20 deste mês, uma das datas mais significativas do país. Estou muito feliz de ser um apoiado desse evento”, concluiu o parlamentar.

O procurador de Justiça, Sammy Barbosa Lopes, da coordenadoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Acre (MPAC), que ministrou palestra na abertura do festival, falou sobre o papel da Justiça no combate ao racismo. ” O papel do MP é aquele que está escrito na Constituição: como defensor, em primeiro lugar, dos direitos fundamentais e do regime democrático. Precisamos ter essa consciência. Eventos como esses são extremamente importantes porque nos desperta a reflexão sobre o racismo, que é um crime gravíssimo”, ressaltou.

Camila Cabeça, idealizadora do projeto, e o procurador de Justiça Sammy Barbosa Lopes. (Foto: Dell Pinheiro)

O Festival Afro-cultural Cabeça de Nêga foi aprovado pelo Governo do Estado , por meio da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour (FEM) / Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.

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Daniel Scarcello: