Em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, lembrado no próximo domingo, 14, a nutricionista e coordenadora da área de alimentação e nutrição da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa), Analuiza Freire, concedeu uma entrevista aos jornalistas Brenna Amâncio e Tiago Martinello, do Jornal Gazeta 93, para falar sobre a doença que atinge cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil.
Segundo a nutricionista, a diabetes é uma doença crônica, não existe cura, ou seja, a pessoa vai passar a vida fazendo a manutenção dessa doença. Os principais riscos são com relação às outras doenças que a pessoa pode adquirir, como doenças renais, cegueira, lesões na vista, doenças cerebrais etc. Há dois tipos de diabetes, o tipo 1, que é conhecido como insulino dependente, no qual a pessoa já nasce com a produção muito baixa de insulina, e o tipo 2, mais comum, é conhecido como não insulino dependente, no qual a pessoa adquire ao longo do tempo, principalmente por maus hábitos alimentares.
Existem sintomas e alertas que podem fazer com que procuremos uma unidade de saúde para realizar exames e verificar como está nossa glicemia. Alguns desses sintomas são: fadiga, cansaço, fome e sede excessiva e urina frequente. A principal forma de obter um diagnóstico é através do exame sanguíneo, a glicemia de jejum, que mede o nível da glicose (açúcar) na circulação sanguínea. Até 110 mg/dL é uma variável normal, de 110 a 125 mg/dL é considerado pré-diabético, e acima de 126 mg/dL já é uma pessoa diagnosticada.
“A fase pré-diabética é um alerta. Há formas de fazer com que a doença não evolua, como a adaptação de hábitos alimentares e a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física durante a semana. Hoje, a principal forma de prevenir doenças é a mudança do estilo de vida. Quando falamos de alimentação saudável, nos referimos ao consumo de alimentos naturais e minimamente processados. Nosso lema é: desembalar menos e descascar mais”, explicou Freire.
A nutricionista orienta a população que mantenha seus exames em dia. “Procurem as unidades de saúde, todos os profissionais estão capacitados para atendê-los. Faço um convite à reflexão sobre como anda nossa alimentação, de que forma podemos prevenir doenças, principalmente a diabetes, se estamos consumindo muitos alimentos industrializados e reavaliar isso enquanto há tempo”, finalizou a profissional.