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Esposas de detentos denunciam surto de gripe no presídio de Rio Branco e alegam falta de remédios

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O complexo penitenciário da capital possui, atualmente, 3.188 presos divididos em 16 pavilhões e uma ala de saúde mental.

O surto de gripe que afeta a população acreana, neste mês de dezembro, também chegou ao Complexo Penitenciário de Rio Branco. Esposas de presidiários reclamam sobre a falta de atendimento e remédios, dentro do presídio, nesta semana. O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) confirma o surto, mas afirma que situação está sob controle e que todos os doentes estão sendo atendidos. O complexo penitenciário da capital possui, atualmente, 3.188 presos, divididos em 16 pavilhões e uma ala de saúde mental.

Uma das esposas, que pediu para não ser identificada, reclamou que apenas detentos de dois pavilhões ainda não foram infectados. “Tem pessoas desmaiadas, não tem dipirona, não tem Vitamina C, eles não oferecem nada, nem o Samu está indo. Eles levam os pacientes para a enfermaria só para dizer que levou… Ficam um pouquinho lá, mas não tem remédio, não tem dipirona, não tem nada!”, reclama ela.

Em contato com a chefe da Divisão de Saúde, o Iapen informou que, na última segunda-feira, 27, cerca de 30 presos com sintomas gripais foram atendidos, receitados e medicados. Explicou ainda que o medicamento Dipirona em comprimido chegou a acabar na segunda, mas que foi aplicado de forma injetável, na tarde desta terça-feira, 28. Segundo o Instituto, o remédio em comprimido, além de outros como Nimesulida e Ibuprofeno, chegarão à Unidade, nesta quarta-feira, 29, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre). O departamento confirmou ainda que dois pedidos extras de medicação foram feitos, para além do que a Unidade Básica de Saúde do Complexo Penitenciário recebe mensalmente.

A mulher de outro preso reclamou também que não há atendimento externo. “Meu marido disse que não adianta, que é mentira que dão remédio, que eles tiram do prédio e levam lá para a enfermaria, não levam para hospital e nenhum lugar. Não são levados para a UPA”, comenta.

A assessoria do Iapen explicou que todos os presidiários são, primeiramente, atendidos na Unidade interna do local e que o encaminhamento para outras unidades é realizado quando a equipe de saúde identifica a necessidade. Informou ainda que, até o momento, não houve necessidade de encaminhamento para outras unidades.

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Daniel Scarcello: