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Bocalom exonera Frank Lima do cargo de secretário Municipal de Saúde, após 91 dias de afastamento

Bocalom exonera Frank Lima do cargo de secretário Municipal de Saúde, após 91 dias de afastamento

Secretário municipal de Saúde, Frank Lima (Foto: Divulgação)

Noventa e um dias após ter sido afastado do cargo de secretário municipal de saúde da capital acreana, por recomendação expressa do Ministério Público, Frank Lima foi exonerado nesta quinta-feira, 2, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Estado.

Na mesma edição do DOE, o prefeito Tião Bocalom também oficializou a permanência de Sheila Andrade como titular da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco, cargo que ocupava de maneira temporária até que Lima retornasse ao cargo, como era a expectativa da gestão.

De acordo com a prefeitura de Rio Branco, o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura as denúncias de assédio moral e sexual supostamente cometidos por Lima já foi concluído e remetido ao Ministério Público Estadual.

Ainda nesta quinta-feira, 2, o Ministério Público do Estado (MPE) expediu nova recomendação para que o afastamento de Lima fosse mantido por mais 30 dias, sobretudo, a recomendação coincidiu com sua exoneração. No entanto, a apuração via MPE continua em andamento, e o agora ex-secretário ainda pode ser responsabilizado criminalmente, caso as acusações sejam confirmadas.

Entenda o caso

Frank Lima é acusado de assédio sexual e moral contra servidoras da Semsa e era alvo de Processo Administrativo Disciplinar, ao mesmo tempo que ainda se apura os supostos crimes, por meio do Ministério Público do Estado.

A recomendação pelo afastamento de Frank Lima e mais dois sevidores foi feita pelo MP no dia 31 de agosto, e levou em consideração “fortes indícios” de que o secretário e mais dois servidores públicos municipais estariam atuando para prejudicar os trabalhos da comissão processante, responsável pelo procedimento administrativo disciplinar que apura a possível existência de atos de improbidade administrativa contra o gestor, consistentes no assédio moral/sexual praticado contra servidoras da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco.

“É uma situação gravíssima que exige pronta atuação do MPAC, com investigação profunda e eficiente, sobretudo porque foi supostamente praticada por uma alta autoridade municipal. O objetivo é verificar se a conduta do gestor está dentro dos parâmetros da moralidade administrativa ou se afrontou os demais princípios constitucionais. E uma vez verificado sua ocorrência, implicará na eventual responsabilização de seus autores na seara criminal, além da prática de ato de improbidade administrativa”, afirmou o promotor de Justiça Daisson Gomes Teles no documento.

O afastamento dos três servidores, de acordo com recomendação do MPE, pode ser renovado por mais 60 dias, ou até que a comissão processante conclua o procedimento administrativo disciplinar, sob pena de corresponsabilidade nas esferas civil e criminal.

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