A produção acreana Centelha, exibida pela primeira vez no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco, está concorrendo à premiação no Festival do Rio de Janeiro, que começou no dia 9 de dezembro e vai até o dia 19 do mesmo mês. O curta integra a categoria “Novos Rumos”
O Festival é um dos maiores da América Latina e está retomando sua programação após quase dois anos, cumprindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19.
O curta foi produzido pelo cineasta Renato Vallone e é protagonizado pelo ator Cléber Barros, com a participação especial de Karine Guimarães. No festival, as exibições do Centelha serão nos dias 16 e 18 de dezembro.
Sinopse
Delírio da fome de um homem que incorpora, no decorrer de um ritual ancestral, os demônios de um país doente. Casa e homem tornam-se testemunhos vivos da história. Santuário ou quartel general, as transformações afetam tudo ao redor e provocam a “fúria do céu”. O protagonista possui características marcantes como, por exemplo, o fato de ser um anarquista subversivo. Cria cachorros e gatos que são a sua única companhia. Na sua solidão, busca a cura para todos os males através dos devaneios que tem, até que certo dia algo diferente acontece e muda sua perspectiva.
Sobre a obra
O curta de 27 minutos é editado em P&B, fazendo uma crítica às ruínas do país, e emerge das faíscas da humanidade, embora o protagonista esteja vivendo a miserabilidade de um país órfão. O diretor Renato Vallone é um cineasta do Rio de Janeiro, nascido no bairro da Pavuna e, de acordo com sua vivência, “Centelha é o vazio de um personagem que trás dentro de si um retrato social. Apresenta uma manhã cinzenta que nos assola, a qual, para o cineasta, todos os brasileiros vivem nesse momento”, explica.
Sobre o ator
Dramaturgo, ator, diretor e formado em Cenografia pela Universidade de Macerata, na Itália, Cléber Barros é professor de teatro há 37 anos na Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). Foi coordenador do setor de comunicação e radiodifusão. Nascido no Seringal Campinas, aos 13 anos foi para o Rio de Janeiro, onde realizou seu primeiro trabalho de teatro em uma peça dirigida por Maria Clara Machado, criadora do Teatro Tablado.
São 61 anos de teatro pelo mundo. Cléber já esteve de norte a sul do Brasil, mas também na Inglaterra, França e vários outros países da Europa. Participou da série “De Galvez a Chico Mendes”, escrita por Glória Peres. Centelha é seu trabalho mais recente.
Confira a programação
16/12 (quinta-feira), às 19h: Sessão de gala para convidados, no Cinépolis Lagoon – Av. Borges de Medeiros, 1424, Lagoa.
18/12 (sábado), às 15h: Sessão para público com debate, no Estação Net Rio – R. Voluntários da Pátria, 35, Botafogo.