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Com aumento de internações de não vacinados, procura pela primeira dose da vacina de Covid-19 cresce no Acre

(Foto: Dell Pinheiro)

Estado possui cerca de 80 mil doses de vacina em estoque, segundo Sesacre. (Foto: Dell Pinheiro)

O aumento dos casos de Covid-19 no Acre e no Brasil todo parece ter estimulado a procura pelas vacinas contra o coronavírus na população acreana. É o que comprovam os dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que revelam que, em janeiro deste ano, os municípios do Estado solicitaram 42 mil doses de vacina. A quantidade é mais que o dobro do solicitado em dezembro e novembro de 2021, que foram 6 mil doses e 14 mil doses, respectivamente.

O Acre é um dos estados que não possui sistema próprio de acesso às informações da Saúde e, desde o dia 9 de dezembro, a Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre) não tem acesso aos dados de vacinação, mas a gerente estadual do PNI, Renata Quiles, explica que a demanda dos municípios reflete a procura pela imunização.

“Não tenho como dizer o percentual que aumentou, mas os municípios passaram a solicitar mais doses. Havia uma diminuição, os pedidos de doses eram bem pequenos e espaçados e, de uns dias para cá, os municípios começaram a fazer mais pedidos de vacina, por isso a gente tem entendido que a demanda está bem maior agora. Acreditamos que, mesmo os céticos, tem percebido os benefícios da vacinação e até mesmo aqueles que ‘esperavam para ver no que ia dar’ agora estão mais confiantes, e tem lotado as salas de vacinação de todos os municípios”, afirma.

Hoje, o Estado possui cerca de 80 mil doses de vacina em estoque, segundo informações da Sesacre desta quarta-feira,19. A vacinação infantil começou a ser oferecida no início da semana e a dose de reforço continua disponível em todos os municípios. Apesar do grande aumento de pessoas infectadas em busca de atendimento médico, Renata Quiles reforça que tal procura tem “sufocado” a parte dos ambulatórios, demonstrando a eficácia da vacina em amenizar os sintomas.

“Acreditamos que mesmo os céticos têm percebido os benefícios da vacinação”, afirma Renata Quiles. (Foto: Dell Pinheiro)

“Os sintomas se tornam amenos, parecidos com uma gripe, tudo graças à vacinação. O número de internações e da UTI estão fortemente relacionados a pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto, corroborando a importância da vacinação. Esperamos, com o aumento da vacinação, enfraquecer o potencial de transmissão do vírus, bem como a sua capacidade de evoluir para novas variantes”, afirma.

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Daniel Scarcello: