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Alegando falta de diesel, empresas de transporte coletivo paralisam atividades em Rio Branco

Menos de um mês após decretar Situação de Emergência no Transporte Coletivo, o qual o prefeito Tião Bocalom classificou como “um câncer”, as três empresas de transporte coletivo que circulam em Rio Branco decidiram paralisar as atividades na capital acreana a partir deste domingo, 16, alegando falta de diesel.

Em nota, o presidente do Sindicato dos Transportes do Acre (Sinttpac), Francisco Marinho, disse que essa paralisação é uma estratégia dos empresários do transporte coletivo para pressionar a gestão municipal atual a liberar mais recursos às empresas.

“Não são os motoristas que tomaram essa decisão, mas sim os próprios empresários que não cumprem suas obrigações, não pagam nossos direitos trabalhistas, não pagam nem os IPVAs dos seus ônibus, não recolhem nossos FGTS, não respeitam nossos irmãos de luta, que são os motoristas e não medem esforços de dar o seu melhor. Essas empresas já passaram da hora de deixarem o espaço para outras que tenham respeito com os trabalhadores e usuários. O prefeito Tião Bocalom e sua equipe têm agora uma grande oportunidade de extinguir o contrato com essas empresas que não estão preocupadas em colaborar e nem cumprir sua obrigação que é prestar um bom serviço.Lamento muito em dizer, mas com essa decisão deles, que de forma arbitrária paralisaram 100% da frota sem sequer comunicar os órgãos, instituições, imprensa e a própria RBTrans, não merecem continuar aqui. Empresários que nunca cumpriram um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), junto ao Ministério Público, não estão preocupados com mais nada”, diz Marinho em nota.

As empresas que atuam no sistema de transporte da capital são: Auto Viação Floresta e o Consórcio Via Verde, formado pelas empresas São Judas Tadeu e Via Verde.

A suspensão foi anunciada à Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) na última sexta-feira (14) através de ofício indicanque que, devido à pandemia, “a movimentação de passageiros por viagem não cobre minimamente os custos que as empresas precisam dispor para que os ônibus façam a sua rota completa, não havendo simetria entre os gastos por viagem suportado com a quantidade de passageiros transportados durante as mesmas viagens”.

Segundo a Prefeitura de Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom vai se posicionar sobre a paralisação apenas nesta segunda-feira, 17.

Repasse

Vale lembrar que, a suspensão das atividades ocorre após o repasse de mais de R$ 2,1 milhões às empresas de transporte coletivo, conforme Projeto de Lei que prevê o subsídio aprovado na Câmara Municipal de Vereadores e sancionado pelo prefeito Tião Bocalom no dia 14 de outubro de 2021.

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